Olivia Torres revela como cinema lésbico a ajudou a sair do armário

A atriz Olivia Torres, conhecida por papéis em “Malhação”, novelas e filmes como “Desenrola”, “Somos Tão Jovens” e “Confissões de Adolescente”, assumiu-se publicamente no Instagram, ao revelar como o cinema lésbico a […]

A atriz Olivia Torres, conhecida por papéis em “Malhação”, novelas e filmes como “Desenrola”, “Somos Tão Jovens” e “Confissões de Adolescente”, assumiu-se publicamente no Instagram, ao revelar como o cinema lésbico a ajudou a sair do armário. A paulista de 25 anos postou um vídeo com cenas de vários filmes que retratam relações homossexuais entre mulheres. E explicou seus sentimentos sobre as produções.

Numa narração sobre as imagens, ela conta que, ao ver aqueles filmes, sentia “uma sensação nítida de que, se eu tivesse assistido aquilo durante a adolescência, tudo teria sido radicalmente diferente”.

“Eu teria chorado lágrimas guardadas há menos tempo, teria assumido algo desde sempre tão óbvio com mais tranquilidade”, continuou. “Duas mulheres que são apresentadas, que flertam, que negam o flerte, que têm coragem, que se beijam e entendem que o risco valeu a pena. Que se apaixonam, que f*dem, que amam”.

A atriz contou que ao ver esses filmes se sentia “encantada pelo amor e simultaneamente destroçada por ele, pelo que me neguei e me obriguei a viver”.

“Todos os homens que transei, que não queria. Todos os ‘eu te amo’ que copiava de outros casais, e as súplicas para que fossem de verdade. Os arrebatamentos que nunca duravam”, citou ainda. “Um esforço contante de fazer minha vida uma encenação tosca”.

“Mas, no cinema, não era um exercício de memória e julgamento. O arrebatamento vinha da alma, como sendo apresentada a outros espaços dentro do corpo, outras possibilidades assustadoras, que antes eu só entendia onde viviam observando no outro”, continuou.

“A novidade do que poderia agora ser meu. A mais inédita e real possibilidade de amar”, finalizou.

Na legenda da postagem, ela listou os filmes usados no vídeo, entre eles o vencedor da Palma de Ouro “Azul É a Cor Mais Quente” (2013) e o clássico “Senhoritas em Uniforme” (1931), e revelou que escreveu o texto da narração em 2018. “Também poderiam ser de tantos outros que já vi, que estou pra ver ou que ainda não descobri. Nos enxergar é revolucionário”, declarou.

Veja a postagem original abaixo.