O mais importante festival brasileiro dedicado à diversidade de gênero, o Mix Brasil, começa nesta quarta (13/11), em São Paulo, em meio a ataques de políticos e conservadores contra produções LGBTQ+ no país. Destoando de outros governos, a capital paulista tem se mantido como uma ilha da tolerância, e o Mix Brasil irá até inaugurar um novo espaço na cidade: o Centro Cultural da Diversidade, com programação focada principalmente em temas LGBTQ+. O idealizador do festival Mix Brasil, André Fischer, é também diretor do local, administrado pela Prefeitura de São Paulo e localizado no antigo teatro Décio de Almeida Prado, no Itaim Bibi, zona nobre de São Paulo.
“Uma parte daquele quarteirão foi demolida para a construção de um prédio, o que chamou a atenção da atriz Eva Wilma. Ela ajudou no tombamento do imóvel a tempo e virou a madrinha do novo espaço cultural”, contou Fischer, em entrevista ao jornal O Globo.
Com o tema “Persistir”, o Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade também ocupa outros espaços de São Paulo com mais de 200 sessões de cinema e atrações como teatro, realidade virtual, música, literatura, conferências e games.
Entre os destaques da programação, há vários filmes inéditos no Brasil, como “O Príncipe”, de Sebastián Muñoz, vencedor do Leão Queer no Festival de Veneza, “Retrato de uma Jovem em Chamas”, de Céline Sciamma, premiado como Melhor Roteiro em Cannes, “Matthias e Maxime”, longa de Xavier Dolan estrelado pelo próprio diretor canadense, e “E Então Nós Dançamos” (And Then We Danced), de Levan Akin, candidato da Suécia ao Oscar, que teve sua première atacada por manifestantes de extrema direita na semana passada.
O Mix Brasil também homenageará a cantora e compositora Marina Lima com o prêmio Ícone Mix. Ela é o tema do filme “Uma Garota Chamada Marina”, de Candé Salles.
A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento (clique aqui).