Anima Mundi pode ser primeira vítima da “política cultural” de Bolsonaro

O Festival Anima Mundi, que tem sua 27ª edição prevista para julho no Rio e em São Paulo, pode se tornar o primeiro evento cinematográfico do ano cancelado pela “política cultural” do […]

O Festival Anima Mundi, que tem sua 27ª edição prevista para julho no Rio e em São Paulo, pode se tornar o primeiro evento cinematográfico do ano cancelado pela “política cultural” do governo Bolsonaro.

Um dos eventos de animação mais prestigiados do planeta, o Anima Mundi qualifica seus vencedores a disputar o Oscar da categoria. Mas Bolsonaro diz que “o Estado tem maiores prioridades”.

O patrocínio da Petrobras, retirado de todos os eventos culturais por decisão presidencial, respondia por 30% do orçamento total do evento.

Para tentar salvar o festival, os organizadores decidiram apelar para o financiamento coletivo.

Antes de Bolsonaro, o orçamento médio do Anima Mundi era de R$ 3 milhões – por sinal, acima do teto de US$ 1 milhão estabelecido pelo governo para a nova Lei de Incentivo Cultural. Mas seria possível realizar uma versão enxuta, que mantivesse, além da mostra de filmes, alguns encontros dos profissionais com o público e debates, com R$ 800 mil de investimento, segundo Fernanda Cintra, produtora executiva do Anima Mundi.

Entretanto, a expectativa é captar metade desse valor com o financiamento coletivo, para viabilizar ao menos as mostras.

A campanha de financiamento coletivo do festival será lançada no dia 13 no site Benfeitoria.