A atriz Katherine Helmond, que marcou duas gerações de sitcoms americanos com papéis em “Soap” (1977-1981) e “Who’s The Boss?” (1984-1992), morreu no último dia 23 de fevereiro, em sua casa em Los Angeles, nos EUA. A atriz tinha 89 anos e lutava contra o Mal de Alzheimer.
Helmond venceu dois Globos de Ouro, um por cada uma das séries citadas, e foi indicada a sete Emmys – quatro por “Soap”, dois por “Who’s the Boss”, e um por sua participação especial em outra sitcom, “Everybody Loves Raymond” – , sem nunca conquistar a estatueta.
Ela fez muitos dramas e séries de aventuras na TV, antes de revelar-se uma senhora comediante. Em entrevista de 2008, confessou que sua guinada para as comédias foi motivada por uma vida de poucas alegrias. “Eu fui casada com um alcoólatra, e ele me batia. Por isso, meu agente me disse que não aguentaria me ver sofrendo ainda mais na televisão. Então tentamos uma sitcom”, disse a atriz, que foi casada com o ator George Martin (“Sociedade dos Poetas Mortos”) até 1962.
Além de séries, Helmond fez filmes famosos, como a sátira “Hospital” (1971), o clássico de desastre “O Dirigível Hindenburg” (1975) e “Trama Macabra” (1976), último longa do diretor Alfred Hitchcock. Mas é mais lembrada por sua parceria com o diretor Terry Gilliam, para quem filmou “Os Bandidos do Tempo” (1981) e principalmente “Brazil – O Filme” (1989), num papel inesquecível como a mãe do protagonista, viciada em cirurgias plásticas.
Ela também esteve na comédia “Um Salto para a Felicidade” (1987), de Garry Marshall, e foi a voz original da personagem Lizzy em três filmes – e um videogame – da franquia animada “Carros”, da Disney-Pixar.
A atriz deixa o segundo marido, David Christian, com quem estava casada desde 1962. Eles se conheceram no teatro. Ele era cenografista e ela a atriz principal.
“Ela era o amor da minha vida”, disse Christian. “Nós passamos 57 anos lindos, maravilhosos e amorosos juntos, que eu irei guardar para sempre. Eu estive com Katherine desde que tinha 19 anos. Na noite em que ela morreu, vi que a lua estava meio vazia, assim como eu estou agora…”.