O documentário “Deixando Neverland” (Leaving Neverland), que está dando o que falar por conta de suas acusações de pedofilia contra Michael Jackson, pode ganhar uma continuação. Em entrevista à revista Variety, o diretor Dan Reed disse que voltaria prontamente ao caso se outras supostas vítimas do cantor o procurassem para falar publicamente sobre o assunto.
Ele chega a citar dois casos notórios, envolvendo Jordan Chandler e Gavin Arvizo, os meninos cujas famílias levaram Michael Jackson ao tribunal, em 1993 e 2003, respectivamente. No primeiro caso, Jackson firmou um acordo milionário para que a acusação fosse retirada. Já no segundo processo, o cantor foi inocentado pela justiça.
Em “Deixando Neverland”, são outros dois homens que denunciam fatos de sua convivência com Michael Jackson na infância, James Safechuck e Wade Robson.
“Se Jordan Chandler se apresentasse, eu sentaria e conversaria com ele da mesma forma que eu fiz com Wade (Robson) e James (Safechuck), e acho que esse seria o coração de um filme muito interessante sobre essa história, e a mesma coisa vale para Gavin”, afirmou o cineasta.
Ao contrário do que aconteceu com Wade e Safechuck, Chandler e Arvizo tiveram seus casos levados à tona quando Michael Jackson ainda estava vivo, e tiveram grande cobertura da imprensa, o que renderia uma abordagem diferente de “Deixando Neverland”s.
“Eu com certeza usaria as entrevistas que já gravei com investigadores desses casos — os procuradores e todas as pessoas que fizeram parte desse drama de forma mais ampla — , e assim você não estaria trancado em um quarto com os Safechucks e os Robsons. Eu contaria a história do ponto de vista de Jordan e Gavin, mas também pelos olhos de todos os outros participantes”, detalhou Reed.
Uma das maiores audiências de documentário da HBO, o filme será exibido em duas partes no Brasil nos dias 16 e 17 de março.