O canal pago Showtime anunciou o cancelamento da série “SMILF” após sua 2ª temporada.
A série viu sua audiência desabar nos novos episódios, caindo de uma média de quase 550 mil telespectadores no primeiro ano para 200 mil ao vivo. Para completar, ainda enfrentou denúncias de bastidores. Várias queixas foram registradas numa linha criada pela Disney para reclamações sobre o ambiente de trabalho em suas produções – o estúdio é coprodutor da série, via ABC Signature, junto do Showtime.
Uma atriz chegou a abandonar o programa, dizendo-se perseguida pela criadora, showrunner e protagonista da série, Frankie Shaw (a Shayla Nico na série “Mr. Robot”), alegando quebra de contrato por violação de regras profissionais. Outras reclamações incluem a separação dos roteiristas da série por raça.
As denúncias tornaram Shaw a primeira produtora feminina denunciada após o surgimento do movimento #MeToo. Uma lista detalhada dos problemas, envolvendo cenas de nudez e comportamento impróprio, pode ser lida aqui.
“Depois de pesar vários fatores, a Showtime decidiu que ‘SMILF’ não avançará para uma 3ª temporada. O restante da 2ª temporada continuará a ir ao ar como programado no Showtime até o final dos episódios em 31 de março. Nós continuamos extremamente orgulhosos das duas temporadas de ‘SMILF’, e agradecemos a Frankie Shaw por sua voz singular e criação única, bem como aos dezenas de escritores, produtores, atores, diretores e membros da equipe em Los Angeles e em Boston, que contribuíram para esta série excepcional”, disse o Showtime em um comunicado.
Considerada uma das melhores comédias recentes da TV americana, com 100% de aprovação em sua 2ª temporada no Rotten Tomatoes, “SMILF” era baseada no curta-metragem indie homônimo de Frankie Shaw, premiado no festival de Sundance de 2015. Além de escrever, dirigir e produzir, Shaw encarnava a protagonista Bridgette, uma garota de 20 e poucos anos, que mora em Boston e tenta ter uma carreira, amizades e sexo, enquanto reluta em aceitar a realidade de ser uma mãe jovem e solteira.
O título, por sinal, é uma gíria sexista, abreviatura de Single Mom I’d Like to F* (mãe solteira que eu gostaria de… transar). Mas como mostrava a série, apesar de bonitinha, jovem e solteira, a protagonista tinha muita dificuldade para transar, justamente por causa de seu bebê.