Ator mexicano de Roma consegue visto após insistir pela quarta vez para ir ao Oscar 2019

Após ter seu visto recusado três vezes pelas autoridades imigratórias americanas, o ator mexicano Jorge Antonio Guerrero, que interpreta Fermín no filme “Roma”, conseguiu o documento necessário para entrar nos Estados Unidos […]

Após ter seu visto recusado três vezes pelas autoridades imigratórias americanas, o ator mexicano Jorge Antonio Guerrero, que interpreta Fermín no filme “Roma”, conseguiu o documento necessário para entrar nos Estados Unidos e poder participar da cerimônia do Oscar 2019.

Faltando nove dias para a cerimônia, Guerrero compartilhou a boa notícia em seu Instagram.

“É uma alegria compartilhar com vocês que depois dos trâmites correspondentes, tenho o visto americano em mãos”, ele comemorou na rede social. “Quero expressar minha mais profunda gratidão à Secretaria de Relações Exteriores por ser um vínculo fundamental para essa conquista, à embaixada dos EUA e seus diplomatas que tiveram a gentileza de se aproximarem de mim, aos meus companheiros por seu apoio inestimável, à minha equipe por caminhar comigo a cada passo, aos novos amigos e associações que amavelmente estenderam sua mão para ajudar, à Netflix por seu apoio durante o processo”, acrescentou.

Em janeiro, o ator relatou sua dificuldade para poder participar da divulgação no filme nos Estados Unidos, tendo sido impedido de viajar para a première de “Roma” no ano passado e dos eventos de premiação no começo do ano.

Além de ter o principal papel masculino de “Roma”, Jorge Antonio Guerrero também participou de “Narcos: México” e da série sobre o cantor mexicano Luis Miguel, que obteve grande sucesso internacional.

O problema do ator mexicano foi reprise das confusões dos dois anos passados. Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, integrantes de equipes de filmes estrangeiros vêm tendo seus vistos recusados.

Em 2017, a proibição de Donald Trump a viajantes de sete países de maioria muçulmana impediram que duas pessoas envolvidas no documentário britânico “Os Capacetes Brancos”, indicado para Melhor Curta Documentário, pudessem comparecer à cerimônia, simplesmente porque eram sírios, e esse país estava na lista de Trump. O filme venceu o Oscar.

A proibição também resultou na ausência do diretor Asghar Farhadi, que desistiu de obter um visto especial após ser barrado por ser iraniano, quando seu filme “O Apartamento” venceu o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A atriz do filme, Taraneh Alidoosti, desabafou no Twitter ao afirmar que “a proibição de visto de Trump para os iranianos é racista”.

Atualmente, o projeto político de Trump está voltado a construir um muro na fronteira com o México para barrar imigrantes latinos. Com este objetivo, campanhas televisivas recentes do governo federal americano têm descrito esses imigrantes como assassinos, ladrões, traficantes e estupradores.

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@USEmbassyMEX

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