Harry Potter voltou a fazer mágica, usando seus poderes para realizar o bem. Graças à popularidade dos livros e filmes baseados na criação da escritora britânica J.K. Rowling, a histórica livraria Lello, da cidade do Porto, em Portugal, conseguiu sair de uma situação pré-falimentar para virar exemplo de negócio bem-sucedido, revelou a agência AFP numa reportagem realizada no local.
Rowling viveu no Porto durante a década de 1990 e inspirou-se na livraria de 113 anos de existência para descrever o ambiente e decorações da saga. Por conta disso, ao entrar na Lello, os fãs de Harry Potter se veem cercados por prateleiras de vários metros de altura, escadarias em forma de oito, colunas esculpidas em madeira, claraboia colorida no teto e outros detalhes de decoração neogótica que os fazem imediatamente se sentir em Hogwarts.
Mas mesmo sendo considerada uma das principais atrações turísticas do Porto, o local sofreu com a crise econômica e quase fechou as portas há quatro anos, quando só era visitada por crianças interessadas em conhecer a “livraria do Harry Potter”.
Felizmente, a reviravolta se deu justamente por conta dos turistas. A livraria foi salva ao resolver cobrar entrada, no valor de 5 euros. O detalhe é que o preço é dedutível na compra de um livro, o que estimulou os visitantes a levaram para casa, além de selfies, volumes de literatura, transformando os turistas em leitores.
A prática se provou um sucesso, fazendo a livraria quase quebrada dar lucro e superar 1 milhão de visitantes ao longo de 2018. Por conta disso, também passou de 9 funcionários em 2015 para 60 no começo de 2019, vendendo em média 1,2 mil livros por dia, segundo números divulgados pela própria empresa.