O cultuado terror “O Mistério de Candyman”, lançado em 1992, vai ganhar uma nova sequência. Após vários rumores, o projeto foi oficialmente confirmado pela MGM, com produção de Jordan Peele (diretor de “Corra!”) e Win Rosenfeld (produtor de “Infiltrado na Klan”).
Já a direção ficará a cargo a Nia DaCosta, bastante elogiada por sua estreia em longa-metragem, “Little Woods”, no Festival de Tribeca deste ano. Ainda inédito no circuito comercial, o filme indie tem 100% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes.
Em comunicado oficial, Peele descreveu “Candyman”, ao lado de “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968), como “um marco na representação negra dentro do gênero de terror”, e uma grande inspiração pessoal em sua trajetória para se tornar cineasta.
Segundo o comunicado, o novo “Candyman” será uma “sequência espiritual” do original. A trama vai retornar à vizinhança de Chicago onde a lenda se originou. Mas o local está completamente diferente após 26 anos. Se antes era cheio de residências populares, hoje é tomado por famílias de classe média alta, que se mudaram para o bairro.
Para quem não lembra, a lenda do Candyman girava em torno de um filho de escravo que se tornou próspero depois de desenvolver um sistema para fabricar sapatos em massa durante a Guerra Civil. Ele também se tornou conhecido como artista por seu talento como pintor de retratos. Depois de se apaixonar e ser pai de uma criança com uma mulher branca em 1890, Candyman foi atacado por uma turba de linchamento contratada pelo pai de sua amada. Eles cortaram sua mão para que não pudesse mais pintar e a substituíram por um gancho. Depois, foi untado com mel roubado de um apiário, atraindo abelhas famintas que o picaram até a morte. Seu cadáver foi queimado e suas cinzas foram espalhadas pela área de Chicago onde sua aparição é mais forte.
Seu espírito vingativo aparece quando seu nome é dito cinco vezes no espelho, com consequências mortais. No filme original e suas duas continuações (de 1995 e 1999), o bicho-papão foi vivido por Tony Todd.
A descrição do personagem, que lembra uma mistura da lenda urbana de Bloody Mary (ou da Loira do Banheiro) com a tortura sofrida pelo Negrinho do Pastoreio é, na verdade, baseada no conto “The Forbidden”, assinado pelo mestre do terror Clive Barker (“Hellraiser”).
Ainda não há previsão de estreia para a estreia da sequência.