Pabllo Vittar lançou o clipe de “Disk Me”, que inova na estratégia de marketing. Não é por fazer uma propaganda descarada de sorvete, com a artista segurando o pote feito assistente de palco para mostrar o rótulo em posição frontal, com o logo voltado obrigatoriamente para o público de casa, mesmo porque a maioria dos clipes nacionais já caiu nesse dilema de virar comercial com som de música.
A novidade do clipe brega é que o número exibido com evidência no celular da artista existe mesmo. Quem ligar para lá encontra uma gravação da “Central Disk Me”.
“Central Disk Me. Você tentou retornar ligação para aquele boy lixo, mas estamos aqui pra te ajudar a ‘desaquendar’ daquele boy”, diz a gravação, que oferece opções numéricas para navegar pelo menu do atendimento, entre elas ouvir os conselhos de Pabllo.
Diferente.
Já a música, em si, não tem novidade. Na verdade, a melodia é reciclada de um brega histórico que falta vir na ponta da língua, interpretada de forma tão esganiçada que estoura a escala Florence Foster Jenkins da diva-pretensão.
De resto, as imagens em que tudo brilha ou fica à mostra seguem a linha da ostentação e objetificação, que entope os tubos do YouTube.
“Disk Me” faz parte do segundo álbum de Pabllo, “Não Para Não”, lançado na quinta (4/10).