O recorde aumentou. Um ano após registrar a maior quantidade até então vista de personagens LGBTQ+ nas séries americanas, a nova pesquisa “Where We are on TV”, conduzida pela GLAAD, concluiu que o número aumentou ainda mais em 2018.
O avanço é veloz. Em 2016, a programação da TV americana registrava 30 personagens LGBTQ+. No ano passado, foram 58. E este ano há 75 personagens fixos que são gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, queers e não binários, o que representa 8,8% dos protagonistas televisivos, sem contar os 38 personagens LGBTQ+ que apareceram em participações especiais.
O estudo ainda mostra que 50% dos personagens LGBTQ são não-caucasianos, e os gêneros estão bem equibilibrados, mostrando um aumento na representatividade feminina em relação ao ano passado.
Dentre todas as plataformas, a Netflix tem o maior número de personagens LGBTQ, enquanto o FX é o destaque na TV paga, em especial por conta da série “Pose”. Mas há até super-heróis na TV aberta que são assumidamente gays e lésbicas, situação que tende a aumentar ainda mais com a introdução da transexual Sonhadora em “Supergirl” e da lésbica Batwoman, que ganhará série própria em 2019 – ambas na rede CW.
A presidente da ONG GLAAD, Sarah Kate Ellis, comentou o estudo: “Com políticas anti-LGBTQ sendo debatidas nacional e internacionalmente, as histórias e personagens na televisão são mais críticas do que nunca para transmitir compreensão e aceitação das pessoas LGBTQ. Estas séries demonstram que o público está sedento por novas histórias e perspectivas”.