Manifest quebra recordes com audiência acumulada e vira maior estreia do século na rede NBC

A série “Manifest” é o principal sucesso deste começo de temporada de outono (fall season) na TV americana, deflagrado oficialmente em 24 de setembro nos Estados Unidos. A cada medição, o episódio […]

A série “Manifest” é o principal sucesso deste começo de temporada de outono (fall season) na TV americana, deflagrado oficialmente em 24 de setembro nos Estados Unidos. A cada medição, o episódio de estreia da atração cresce de forma impressionante, quebrando recordes históricos.

Surpreendendo a própria rede NBC, o primeiro capítulo foi assistido por 10,3 milhões de telespectadores ao vivo no primeiro dia da fall season, e marcou 2,2 pontos na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Um desempenho melhor que o carro-chefe da emissora, exibido antes de seu horário, “The Voice”. A série foi vista por quase um 1 milhão de pessoas a mais que o reality de competição musical e se consagrou como a maior estreia ao vivo da NBC em três anos.

Os números da audiência posterior, medidos pela empresa Nielsen, reforçaram o fenômeno. Nos primeiros três dias de exibição, as gravações digitais da série elevaram a audiência para 3,6 pontos, o maior crescimento entre todos os programas da primeira semana da temporada. Em termos de telespectadores, isto representou aumento de 5,7 milhões, ampliando o público total para 16 milhões de pessoas.

O volume representa o terceiro maior crescimento de público já visto para uma série de estreia desde a invenção dos gravações digitais. Só perde para as premières de “Roseanne” e “How to Get Away with Murder”.

Por fim, outro relatório complementar de audiência, com os resultados da primeira semana completa de gravações digitais, mostrou que o público continuou vendo a atração. Depois de sete dias de playback, “Manifest” atingiu um total de 18,4 milhões de telespectadores e 4,2 pontos na demo. Isto representa o segundo maior aumento de audiência com gravações digitais de todos os tempos, atrás só de “Roseanne”, na temporada passada.

Os números semanais também fazem do episódio inicial de “Manifest” a estreia de série dramática mais vista entre os lançamentos de drama da emissora desde “Third Watch”, no século passado – 20,6 milhões de telespectadores em 1999, comemorados antes do boom da internet, quando havia mais público vendo televisão.

O segundo episódio também teve bom desempenho, com 8,5 milhões em tempo real e 1,8 pontos na demo, perdendo apenas 18% do público de sua estreia ao vivo. A audiência completar ainda não foi informada, mas deve seguir o mesmo padrão.

A TV americana não via um sucesso de sci-fi deste porte desde “Lost”, produção com a qual “Manifest” tem sido comparada, já que também trata de passageiros de um avião desaparecido. A diferença é que, em vez de chegarem numa ilha misteriosa, os protagonistas da nova série pousam em seu destino original… muitos anos depois.

Criada por Jeff Rake (que também criou “The Mysteries of Laura”), “Manifest” acompanha um avião que desaparece dos radares e retorna cinco anos depois de ser considerado perdido no mar. Os passageiros estão exatamente como eram, sem que o tempo tivesse passado para eles. A trama reflete como isso afeta suas famílias, conforme eles tentam retomar suas rotinas pessoais, além de investigar o que motivou o desaparecimento e se isso serve a algum propósito obscuro.

Segundo os produtores, a trama foi inspirada pelo desaparecimento misterioso do voo 370 da Malaysia Airlines, mas a premissa também sugere influência de “Lost” e “The 4400”.

O elenco é liderado por Josh Dallas (o Príncipe Encantado de “Once Upon a Time”), Melissa Roxburgh (série “Valor”), Parveen Kaur (série “Beyond”), Luna Blaise (série “Fresh Off the Boat”), J.R. Ramirez (série “Jessica Jones”), Joel de la Fuente (série “The Man in the High Castle”), Athena Karkanis (série “Zoo”) e Curtiss Cook (série “House of Cards”).

E a produção é do grande cineasta Robert Zemeckis (“O Voo”, “De Volta para o Futuro”, “Forest Gump”). Ele também está por trás de “Project Blue Book”, uma nova versão de “Projeto U.F.O.”, sobre as investigações do governo americano a respeito da existência de Discos Voadores, que estreia em janeiro no History Channel americano.