A Netflix tirou a produção de “Mogli: O Livro da Selva” dos cinemas, ao adquirir os direitos de distribuição mundial do filme, produzido pela Warner Bros.
Segundo o Deadline, o negócio foi a maior aquisição já realizada pela plataforma para um filme finalizado, mas o site não oferece valores para sustentar a afirmação. De todo modo, o negócio deve ter custado mais que os US$ 40 milhões pagos para a Paramount para lançar com exclusividade “O Paradoxo Cloverfield”, que se provou uma bomba de qualidade vergonhosa.
A Warner já tinha, inclusive, começado a divulgar a produção, com o lançamento de um trailer e um vídeo de bastidores sobre o trabalho do diretor Andy Serkis (o César da trilogia “Planeta dos Macacos”), que descreve sua versão como mais sombria (claro, é da Warner), assegurando que não há canções ou animais dançarinos, e por isso mais próxima de “O Livro da Selva”, o romance original de Rudyard Kipling.
Além de dirigir, Serkis dá vida, via captura de movimentos, ao urso Baloo (Balu), que ele afirma ser completamente diferente da versão amigável da Disney. O elenco de vozes originais ainda incluiu grandes astros, como Christian Bale (“Batman: O Cavaleiro das Trevas”), Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”), Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”), Peter Mullan (série “Ozark”) e Naomie Harris (“Moonlight”).
O menino Mogli é interpretado por Rohan Chand (“A 100 Passos de um Sonho”) e o elenco humano ainda inclui Freida Pinto (“Planeta dos Macacos: A Origem”) e Matthew Rhys (série “The Americans”).
Ao negociar a produção com a Netflix, a Warner evita a comparação difícil de sua obra com o filme homônimo da Disney, que estourou bilheterias e encantou público e crítica há apenas dois anos. O Mogli da Disney, com direção de Jon Favreau, fez tanto sucesso que terá, inclusive, uma continuação nos cinemas.
Já o filme de Serkis chegaria aos cinemas em 18 de outubro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos, mas a Netflix não informou ainda quando pretende lançar sua aquisição em streaming.