Como no ditado da pedra e do teto de vidro. Pouco dias após conclamar boicote de patrocinadores ao YouTuber Júlio Cocielo por piada racista, o ator Bruno Gagliasso teve piadas antigas de cunho homofóbico descobertas em sua timeline. Questionadas por internautas por veicularem comerciais com o ator, tanto a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, da Prefeitura do Rio, quanto o banco Itaú se pronunciaram.
O órgão municipal afirmou que a campanha na qual Bruno aparecia, com o slogan “Homofobia é uma violência de ódio”, foi veiculada em 2015, durante o evento Rio Sem Preconceito, feita pela gestão passada, e que agora “aposta em militantes e ativistas para trazer visibilidade para a causa”. O atual coordenador de diversidade sexual do Rio, Nélio Georgini, falou sobre o caso em seu Facebook: “Não me colocarei juiz do ato do ator (que me parece ser um cara do bem que errou)”.
No Twitter, uma usuária identificada como Chris Delgado cobrou um posicionamento do Itaú a respeito de campanhas publicitárias envolvendo Gagliasso. O perfil oficial do banco respondeu: “Nós repudiamos todo tipo de preconceito e discriminação. Esse vai ser sempre o nosso posicionamento. O ator citado não faz mais parte das nossas campanhas.”
Após a repercussão de publicações feitas há quase uma década, Bruno usou seu perfil no Twitter para se justificar: “Estou aqui em 2018 respondendo com minhas ações e atitudes por quem já fui também em 2009 e mesmo antes disso. De alguma forma, todos estamos. Não é passando o pano no preconceito, mas sim passando tudo a limpo, que o mundo vai se tornar um lugar melhor”, ele explicou. Veja abaixo.
Questionado por usuários se não era exatamente o mesmo caso de Cocielo, ele e sua mulher, a também atriz Giovanna Ewbank, excluíram de suas contas nas redes sociais os posts em que acusavam o YouTuber de racismo e cobravam ação de patrocinadores.
Por sua vez, além de pedir desculpas, Cocielo chegou a apagar 50 mil tuítes preconceituosos, sendo o mais recente da semana passada.
Estou aqui em 2018 respondendo com minhas ações e atitudes por quem já fui também em 2009 e mesmo antes disso. De alguma forma todos estamos. Não é passando o pano no preconceito, mas sim passando tudo a limpo, que o mundo vai se tornar um lugar melhor.
— Bruno Gagliasso (@brunogagliasso) 5 de julho de 2018