A atriz de “Malhação: Vidas Brasileiras” Jeniffer Oliveira, de 19 anos, foi agredida na noite da última sexta-feira pelo seu (agora) ex-namorado, o também ator Douglas Sampaio. Segundo a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ela registrou queixa na Delegacia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e está com hematomas nos braços, mas continua gravando normalmente a novela.
A agressão aconteceu no bar Coco Mambo, no Recreio, depois de uma cena de ciúmes.
“Ele cismou que eu estava dançando e chamando a atenção. Eu disse que não iria embora. Ele me agrediu diante de inúmeras testemunhas. Não esperava isso dele. Acreditei quando ele afirmou que os casos de agressão em que esteve envolvido anteriormente eram ‘invenções de meninas malucas'”, disse Jeniffer, que decidiu tornar o caso público porque “ninguém tem o direito de fazer isso”.
Em 2016, Douglas e sua então mulher, Rayanne Morais, também estiveram no centro de um escândalo de agressão e foram parar na delegacia. Os dois começaram a se relacionar em 2015, quando participaram juntos da oitava edição de “A Fazenda”, na Record. Ele foi o vencedor do reality.
A Globo, através de sua assessoria, diz que não se pronuncia sobre a vida pessoal do elenco. Douglas fez uma participação em “Malhação” em 2011 e desde então não tem vínculo com a emissora.
A atriz, por sua vez, divulgou uma carta aberta. Leia a íntegra abaixo.
“Comecei a namorar há um mês atrás. Tudo foi muito legal no começo, eu me senti acolhida, me senti amada e, em pouco tempo, comecei a morar com ele praticamente. Ficava direto na casa dele ou ele na minha. Saíamos muito. Conheci todos os seus amigos e eu não tinha do que reclamar. Em seguida começamos a passar por coisas não tão legais assim.
Começamos a discutir, a ter problemas com mentiras e eu comecei a descobrir quem realmente era a pessoa que estava ao meu lado. Não, eu não sabia de todas as fofocas que envolviam essa pessoa e sim, eu acreditei na versão dele. Por quê? Porque eu estava apaixonada e a pessoa de que todos falavam estava na minha frente, se revelando aos poucos a cada segundo. Fui me decepcionando e mentindo para mim mesma. Por que continuei? Porque ele tinha a maneira certa de me fazer mudar de ideia, de me convencer. Ele era fofo logo após me xingar. Ele sabia como me manipular e eu queria acolher aquela pessoa, já que achava que era acolhida. E assim foi até chegar ao ponto dessas fotos (veja abaixo). Uma discussão boba desencadeou isso aí que vocês estão vendo. As fotos são do dia 22 para o dia 23 de junho.
Eu fui agredida e demorei para entender o que estava acontecendo. Eu não ia denunciar, eu não ia contar para ninguém. Eu me senti culpada! Infelizmente muita gente passa por isso, por agressões até piores do que essas e que não dão em nada. Eu resolvi lutar pelos meus direitos, eu resolvi me expor e resolvi me abrir aqui para vocês. Acredito que devemos fazer a nossa parte, e a minha parte com tudo isso é mostrar que devemos lutar, sim! Não podemos deixar esse tipo de coisa passar. Independentemente da situação, isso não pode acontecer. Eu me senti culpada porque estava dançando, me senti culpada por achar que, de alguma forma, tinha provocado ciúmes no meu namorado.
Em hipótese nenhuma agressão é uma justificativa para qualquer coisa. No dia seguinte, eu não acreditava ainda, cheguei a procurar por ele, cheguei a conversar. Me senti mal, questionei a minha culpa nessa situação toda e chorei. O que quero com tudo isso? Justiça! Quero também de alguma forma ajudar as mulheres que passam por isso e têm medo de largar o agressor, que sentem medo de ameaças, que acreditam em um amor que não existe! Quem ama cuida, quem ama não agride e manipula. Ninguém merece isso. Não pensem que é uma bobeira. Aceitem a ajuda de pessoas que querem o seu bem, quem vê de fora vê melhor. O agressor muitas vezes consegue nos convencer. Passamos por malucas e eu me questionei diversas vezes se isso era verdade: ‘Não, não pode ser. Foi um momento de loucura. Machucou sem querer. Eu errei também’. E por aí vai. Se tudo isso passou pela minha cabeça, imagino que deve passar também pela cabeça das pessoas. Não vamos permitir. Não estamos sozinhas! E, mais uma vez, quem ama cuida, quem ama não agride”.