O exame toxicológico realizado na atriz que acusou o diretor e produtor francês Luc Besson de estuprá-la em um hotel em Paris em meados de maio deu negativo, informou uma fonte próxima à investigação à agência AFP.
A atriz e modelo de 27 anos, que não se identificou, apresentou uma queixa criminal no dia seguinte a um encontro com Besson. Em sua acusação, ela afirmou ter bebido um chá e após isso se sentiu “mal” e “ausente”. Quando acordou, o diretor estava tocando seu corpo e a penetrando. Mas testes de sangue e capilar foram realizados e a conclusão é que ela não foi drogada.
Ela também admitiu que mantinha um relacionamento íntimo com o diretor de 59 anos há cerca de dois anos, mas disse que se sentia obrigada a isso por causa de suas conexões profissionais, acrescentou a fonte.
Besson negou o estupro. A pessoa que apresentou a denúncia “é alguém que ele conhece, com quem nunca teve qualquer comportamento desrespeitoso”, assegurou seu advogado.
Realizador de sucessos como “Nikita” (1990), “O Quinto Elemento” (1997) e “Lucy” (2014) e proprietário da produtora EuropaCorp, responsável por franquias como “Busca Frenética” e “Carga Explosiva”, Besson é o primeiro grande nome da indústria cinematográfica francesa envolvido num escândalo sexual desde que as acusações contra o produtor Harvey Weinstein vieram à tona, desencadeando denúncias que encerraram décadas de impunidade em Hollywood.
O filme mais recente do diretor, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” (2017), foi a produção mais cara já realizada na Europa e seu fracasso deixou a EuropaCorp em situação financeira precária. Por isso, a denúncia contra Besson pode quebrar a produtora.