O cineasta Luc Besson está sendo investigado pela polícia na França, devido a uma acusação de estupro, feita por uma atriz de 27 anos, cujo nome não foi divulgado. A acusação e o inquérito foram revelados pela estação de rádio francesa Europe 1.
“Luc Besson nega categoricamente essas acusações fantasiosas”, disse à agência de notícias AFP o advogado do diretor de 59 anos, Thierry Marembert.
A pessoa que apresentou a denúncia “é alguém que ele conhece, com quem nunca teve qualquer comportamento desrespeitoso”, assegurou o advogado.
A acusação não é um ajuste de contas por transgressão antiga, como a maioria dos casos trazidos à tona após a eclosão do movimento #MeToo nas redes sociais.
A vítima teria sido estuprada na última quinta-feira (16/5), no Hotel Le Bristol, em Paris. A atriz contou que, durante um encontro marcado com o diretor no hotel, ele teria adicionado alguma substância desconhecida em seu chá, fazendo-a perder a consciência. Quando ela acordou, ele estava tocando seu corpo e a penetrando. Após o ocorrido, Besson teria deixado o hotel antes da atriz, que se refugiou na casa de uma amiga.
O diretor ainda não foi interrogado pela polícia porque está no exterior, segundo uma fonte próxima ao caso, ouvida pela AFP.
Realizador de sucessos como “Nikita” (1990), “O Quinto Elemento” (1997) e “Lucy” (2014) e proprietário da produtora EuropaCorp, responsável por franquias como “Busca Frenética” e “Carga Explosiva”, Besson é o primeiro grande nome da indústria cinematográfica francesa envolvido num escândalo sexual desde que as acusações contra o produtor Harvey Weinstein vieram à tona, desencadeando denúncias que encerraram décadas de impunidade em Hollywood.
O filme mais recente do diretor, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” (2017), foi a produção mais cara já realizada na Europa e seu fracasso deixou a EuropaCorp em situação financeira precária. Por isso, a denúncia contra Besson pode quebrar a produtora.