A cantora Madonna vai voltar a trocar o microfone pelas câmeras de cinema. Já distante dos fracassos comerciais de “Sujos e Sábios” (2008) e “W.E.: O Romance do Século” (2011), ela anunciou planos de dirigir seu terceiro filme.
Trata-se de “Taking Flight”, cinebiografia da bailarina Michaela DePrince, com produção do estúdio MGM.
O longa será baseado nas memórias da própria bailarina, nascida na Serra Leoa e adotada por uma família americana de Nova Jersey.
O pai da menina foi assassinado por rebeldes, durante a guerra civil que incendiou o país africano, quando ela tinha 3 anos de idade e sua mãe morreu de febre e fome uma semana depois. Ela também teve três irmãos que morreram jovens. Sem condições de criá-la, seu tio a enviou para um orfanato, onde ela foi encontrada e adotada por uma família americana. Ela cresceu com 11 irmãos, nove deles adotados como ela, e foi incentivada pela família, ao notar seu talento como dançarina, a seguir o balé. Ela se formou no American Ballet Theatre de Nova York e fez sua estréia profissional aos 17 anos no Joburg Ballet na África do Sul. Em pouco tempo começou a chamar atenção. Apareceu no documentário de balé “First Position”, num dos vídeos de “Lemonade” de Beyoncé e, agora, aos 20 anos, é uma bailarina solo do Balé Nacional da Holanda.
“A jornada de Michaela me tocou profundamente tanto como artista quanto como uma ativista que entende a adversidade. Temos uma oportunidade única de falar sobre a Serra Leoa e fazer de Michaela uma voz para todas as crianças órfãs com as quais ela cresceu. Estou honrada em trazer sua história à vida”, disse Madonna no comunicado do anúncio da produção.
Madonna também abordou órfãos africanos como produtora e roteirista do documentário “I Am Because We Are” (2008), sobre os mais de 1 milhão de órfãos do Malawi, devido à pandemia da AIDS na região.
A bailarina Michaela DePrince comemorou a notícia em seu Instagram. Veja abaixo.