O momento mais criticado do Oscar 2018 não foram discursos engajados e tentativas de piadas sem graça do apresentador Jimmy Kimmel, mas a sessão dedicada a celebrar os artistas que morreram no último ano. O segmento In Memoriam, que lembrou até relações públicas e um crítico, deixou de fora atores e cineastas importantes da história do cinema.
O esquecimento mais absurdo foi o do diretor Tobe Hopper, responsável pors “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) e “Poltergeist” (1982), dois clássicos refilmados à exaustão.
“Eu entendo que o Oscar não consiga mencionar TODOS, mas esquecer Hooper? Pelo amor de Deus. Se ele tivesse feito apenas ‘Poltergeist’ e ‘Massacre da Serra Elétrica’, já são lendários e importantes”, escreveu um usuário no Twitter.
A revolta foi ainda maior porque, durante um dos vídeos apresentados na cerimônia, uma cena de “O Massacre da Serra Elétrica” original, de 1974, foi exibida. E, ainda assim, o diretor foi “esquecido” pela Academia durante a homenagem principal.
Além dele, também foram ignorados astros como Adam West, o Batman dos anos 1960 (inclusive num filme), Dorothy Malone, vencedora do Oscar por Palavras ao Vento (1956), Mary Tyler Moore, indicada ao Oscar por “Gente como a A Gente” (1980), Powers Boothe, vilão de inúmeros blockbusters, Frank Vincent, especialista em mafiosos, Dina Merrill, dos clássicos “Anáguas a Bordo” (1959) e “Disque Butterfield 8” (1960), Bradford Dillman, de “São Francisco de Assis” (1961) e “Piranha” (1978), Stephen Furst, de “O Clube dos Cafajestes” (1978), Michael Parks, galã dos anos 1960 que recentemente fez cinco filmes com Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, Miguel Ferrer, de “RoboCop” (1987) e “Traffic” (2000) e Bill Paxton, estrela de “Aliens” (1986), “Twister” (1996), “No Limite do Amanhã” (2014), entre muitas outras omissões.
Trata-se da maior quantidade de omissões de astros conhecidos da história da premiação da Academia, sem mencionar diretores, como Hugh Wilson, de “Loucademia de Polícia” (1984) e Bruce Brown, indicado ao Oscar pelo documentário “On Any Sunday” (1971) e responsável pelo mais importante documentário da história do surfe, “Verão Sem Fim” (1966), e sem entrar no cinema europeu, onde as atrizes Anne Wiazemsky e Elsa Martinelli e os atores Jean Rochefort e Michael Nyqvist são instituições.
Veja abaixo a íntegra da curtíssima homenagem, em que Eddie Vedder canta uma música do também recém-falecido roqueiro Tom Petty.