Como nos últimos anos, o apresentador Ryan Seacrest vai participar da cobertura do Oscar 2018 pelo canal pago E!, fazendo entrevistas no tapete vermelho. Mas este ano sua presença terá um impacto diferente. Ele foi acusado de assédio sexual.
Seacrest, que ficou conhecido pelo programa de TV “American Idol”, foi acusado por sua ex-estilista Suzie Hardy de abuso sexual durante os seis anos que trabalharam juntos.
O apresentador nega as acusações. Em artigo escrito para a revista The Hollywood Reporter, ele afirmou que apoia os movimentos de mulheres que buscam combater desigualdades, mas afirmou que foi falsamente acusado.
Ele ainda acusou Suzie Hardy de tentar chantageá-lo exigindo “milhões de dólares” em troca de seu silêncio. A estilista negou, e afirmou que foi o apresentador quem lhe perguntou “o quanto eu queria para sumir”.
A estilista disse ao jornal The New York Times que foi demitida em 2013, quando reportou ao estúdio onde trabalhava que vinha sendo assediada por Seacrest. “Me disseram ‘Vai procurar outro emprego'”, ela relatou. “Fiquei sem trabalhar por três anos.”
Já um porta-voz do canal E!, disse ao jornal americano que Suzie não foi demitida, mas que foi dispensada porque Seacrest havia deixado o trabalho diário no programa que apresentava.
O canal afirmou que a decisão de manter Seacrest da cobertura do Oscar foi baseada nos resultados de suas investigações sobre o caso, que não encontrou indícios de mau comportamento.
“No decorrer de um processo de dois meses, nosso conselho externo entrevistou dezenas de pessoas em relação às alegações, incluindo várias reuniões separadas com o requerente e todas as testemunhas de primeira mão que ela forneceu. Qualquer reivindicação que questiona a legitimidade desta investigação é completamente sem fundamento”, disse o comunicado da empresa.