Catherine Zeta-Jones comentou pela primeira vez a acusação de assédio sexual contra o marido, o ator Michael Douglas. Em entrevista ao programa Entertainment Tonight, realizada durante o evento semestral de imprensa da TCA (Associação dos Críticos de TV dos EUA), a atriz falou que apoia o marido e que os dois apoiam o movimento #Metoo, de denúncias de assédio em Hollywood.
“Nossa reação como duas pessoas que estão nesse mercado é que nós apoiamos o #Metoo mais do que qualquer um – eu como mulher, ele como homem”, disse Zeta-Jones, que estava no evento da TCA para promover o telefilme “Cocaine Godmother: The Griselda Blanco Story”, do canal pago Lifetime.
A atriz defendeu a atitude do marido de compartilhar a acusação de assédio com o site Deadline, antes da história chegar na imprensa, logo após ser contatado pelas revistas Variety e The Hollywood Reporter, que o procuraram para apurar a denúncia. De forma significativa, as duas revistas não publicaram a reportagem em que apresentariam denúncia, mesmo após a história se tornar conhecida.
Michael Douglas se disse “perplexo” diante da acusação, feita por uma ex-funcionária, de que ele teria se masturbado na frente dela e atrapalhado a sua carreira. O ator negou a história e disse que sua acusadora era uma blogueira, interessada em lançar um livro que tinha um capítulo inteiro dedicado a ele. Douglas também disse não ter medo de trazer a história a público, pois nenhuma outra suposta vítima apareceria para contrariá-lo, e que diversos ex-funcionários e amigos foram contatados em busca de outros casos de assédio do ator. Mas, em vez de alimentarem um novo escândalo de Hollywood, testemunharam o bom comportamento de Douglas e correram para avisar ao ator sobre o que estava acontecendo.
“Não havia outra forma de se adiantar a uma história que tinha que ser acompanhada. Ele deu uma declaração. Acho que é muito claro como ele se posiciona. Não posso falar mais de algo que é tão pessoal para ele”, continuou Zeta-Jones, que ainda elogiou as mulheres que têm denunciado seus agressores. “Estamos vendo mudanças que levaram muitos anos para começar a ser discutidas. É uma época incrível para as mulheres, e quero que elas se lembrem de como somos fortes e em grande número. Isso [o assédio] vai diminuir. Isso não vai ficar para sempre nas mentes das pessoas, e precisaremos ser gentis uma com as outras. Não podemos pedir para todos sermos gentis conosco se não formos gentis umas com as outras”.