A ex-atriz francesa Brigitte Bardot, que foi símbolo sexual do cinema por três décadas, considera que as atuais denúncias de assédio sexual feitas por algumas atrizes são “hipócritas, ridículas e desinteressantes”.
Em entrevista publicada na terça-feira (16/1) no site da revista Paris Match, a antiga estrela, hoje com 83 anos, criticou atrizes que usam roupas provocantes para ir a encontros com produtores “com o objetivo de conseguir um papel”, e mesmo assim reclamam de assédio. Para ela, “isso ocupa o lugar de temas importantes que poderiam ser discutidos”.
Dez anos mais velha que as colegas francesas que confrontaram o movimento #Metoo como um surto de puritanismo, ela também defendeu os galanteios masculinos.
Ela assegura “nunca ter sido vítima de assédio sexual” e nunca se incomodou com elogios. Ao contrário. “Eu achava agradável que me dissessem que eu era bonita ou que eu tinha um pescoço bonito. Este tipo de elogio é agradável”, descreveu a atriz, que se aposentou em 1973 para se dedicar em tempo integral à causa dos direitos animais.
“Há muitas atrizes que vão provocando os produtores para conseguir um papel. Depois, para que se fale delas, dizem que sofreram assédio… Na realidade, mais do que beneficiá-las, isso as prejudica”, opinou.
Apenas nisso Bardot e as atrizes do movimento #Metoo concordam. Foi temendo ser prejudicas que elas ficaram caladas por tanto tempo. Algumas descrevem até ameaças de morte para não falar.