Oito ex-atores mirins acusaram o produtor Gary Goddard de pedofilia e abuso sexual. Ele ficou conhecido como diretor de “Mestres do Universo”, o filme live-action do He-Man, e foi responsável pela criação de séries animadas infantis como “Capitão Power”, “Mega Babies” e “Guerreiros Esqueletos”, mas também produziu várias montagens teatrais de musicais com crianças desde os anos 1970.
A denúncia veio à tona numa reportagem do jornal Los Angeles Times, que revisitou uma acusação do ator Anthony Edwards (o Mark da série “E.R./Plantão Médio”). Ele e os ex-atores Mark Driscoll, Bret Nighman e Linus Hoffman afirmam que Goddard os levou para um parque temático da Disney e abusou deles em atrações do local.
Os homens ainda citam outro colega, Scorr Drnavich, que faleceu em 1997, como alguém que havia confidenciado a eles ter tido experiência semelhante com Goddard. Os demais acusadores preferiram não ser identificados.
Edwards denunciou Goddard numa carta aberta publicada em novembro no site Medium, em que afirma ter sido abusado pelo produtor quando era menor de idade. O ator, que começou sua carreira com 11 anos de idade, diz que Gary era seu mentor e que é na vulnerabilidade, quando pequeno, que os pedófilos atacam. “Eu fui molestado por Goddard, meu melhor amigo foi estuprado por ele… e isso aconteceu por anos”, afirmou o ator.
Na reportagem do LA Times, Barbara Costa, agente contratada pela Disney para cuidar de astros mirins na época do passeio abusivo, disse que “suspeitava” do comportamento de Goddard, mas que seus superiores nunca permitiram que ela tomasse nenhuma atitude.
Anteriormente, Goddard foi acusado por Michael Egan, junto de outros produtores e do diretor Bryan Singer (“X-Men”), por pertencer a um “circuito pedófilo de Hollywood”. O processo foi retirado por falta de provas, após várias acusações serem desmentidas por fatos irrefutáveis – por exemplo: Singer estava filmando “X-Men” no Canadá, com muitas testemunhas, durante as datas em que Egan o acusou de estuprá-lo no Havaí.