O último episódio do ano de “The Walking Dead” deixou muitos fãs arrasados com o destino de um personagem importante da série: Carl, vivido por Chandler Riggs. Ele apareceu mordido por um zumbi e seu intérprete confirmou, em entrevista ao site The Hollywood Reporter, que Carl não sobreviverá: “Não tem como ele se recuperar disso. Sua história definitivamente chegou ao fim”.
Mas os fãs não foram os únicos contrariados. O ator deixou claro sua insatisfação. “Não esperava nunca que Carl seria morto”, disse Riggs, ao descobrir que a sairia da série. “Sair de ‘The Walking Dead’ não foi uma decisão minha. Mas serve a um propósito na história. Fazia sentido para a trama acontecer isso a Rick, Michonne e todos os outros”, afirmou ele.
“Eu descobri (sobre a morte) quando eu estava fazendo ensaios para o episódio seis, em junho. Foi bem chocante para mim, Andy (Andrew Lincoln, que interpreta Rick) e os outros, acho que ninguém estava esperando por isso. Eles me chamaram pessoalmente para falar disso, por ser algo tão grande. Chamaram a mim, minha mãe e meu pai para falar sobre o que ia acontecer. Foi devastador, por uns dias eu não sabia como reagir”, admitiu Riggs. Mas ele levou numa boa: “Não é algo ruim, porque tem sido incrível estar no seriado e agora eu posso fazer muitas que não pude por um tempo.”
Ele alertou que, apesar da mordida fatal, ele ainda gravou participação importante no próximo episódio. “Apesar de a história de Carl estar chegando ao fim, ainda não acabou.”
Segundo o ator, o produtor executivo Scott Gimple usou a saída do personagem da história para ligar duas pontas soltas da trama, mal-explicadas nos quadrinhos. Ele revelou seu papel nisso dando um grande spoiler do final da guerra entre Rick e Negan, para quem não leu os quadrinhos de Robert Kirkman.
“Scott estava tentando entender onde estava o buraco nos quadrinhos entre Rick cortando a garganta de Negan no final do arco da ‘Guerra Total’ e o salto temporal em que Negan aparece vivo e na prisão, e Rick não o matou. Scott estava tentando descobrir como conectar essa lacuna entre Rick querendo matar Negan e não querendo, o que ele achou agora. O jeito que ele encontrou foi tornar Carl uma figura muito humanitária e uma pessoa que conseguia ver o lado bom das pessoas, capaz de ver que elas podem mudar e nem todo mundo é mau. É isso que significa a conversa entre Carl e Rick no episódio: não há jeito de eles matarem todo mundo dos Salvadores e nem todo mundo é ruim e deve existir um meio de avançar que não seja matar todo mundo.”
Quem não viu Carl ser mordido no episódio, não perdeu nada. Isto não aconteceu no último domingo, mas há dois domingos atrás, no capítulo exibido em 27 de novembro. O fato disso gerar dúvida se deve a decisões problemáticas dos produtores sobre como dividir os episódios e apresentar a trama da série.
Bastante criticado por arrastar a trama e fazer adaptações literais dos quadrinhos, Scott M. Gimple resolveu radicalizar com a morte de Carl, tirando da trama um dos últimos personagens presentes desde o primeiro episódio e que ainda está vivo na publicação de Kirkman.
“Eu estava entusiasmado para fazer as próximas histórias dos quadrinhos, porque há muitas coisas realmente legais”, disse Riggs, referindo-se a importância de Carl para o próximo arco, após a queda de Negan.
A exibição do episódio, inclusive, foi precedida por vários apelos nas redes sociais para o público não perdê-lo, porque algo importante iria acontecer. Uma foto de mordida serviu para divulgar o capítulo nas redes sociais. É a imagem que ilustra este post.