Um estudo realizado pela GLAAD (Gay and Lesbian Alliance Against Defamation), principal organização americana dedicada à defesa da imagem LGBTQ na mídia, revelou que, dos 901 personagens que aparecem nos principais programas da TV aberta dos EUA, 58 são gays, lésbicas, bissexuais, trans ou queer.
O número é considerado recorde. Em relação ao ano passado, houve um crescimento de 28 personagens representantes da comunidade LGBT+ (o + inclui o Q, o I e outras formas de orientação sexual que sejam identificadas). Até as séries de super-heróis tiveram um casal lésbico, representado com muito bom gosto em “Supergirl” (foto acima).
Batizado de “Where We Are on TV” (Onde estamos na TV), a pesquisa também avaliou os números dos personagens LGBT+ nos serviços de streaming. Segundo os dados, há 70 personagens gays, lésbicas, bissexuais, trans ou queer nas plataformas digitais.
Segundo a presidente da organização, Sarah Kate Ellis, os dados registram uma resistência da comunidade em meio ao governo hostil do presidente Donald Trump. “Enquanto a administração de Trump está tentando diminuir a visibilidade das pessoas LGBTQ, estamos ocupando cada vez mais espaços na TV americana”, afirmou ela à revista Variety. “Nesses tempos, mostrar a representatividade é mais importante do que nunca. Vamos mudar o curso da história”, finalizou.
Além do recorde, o relatório do GLAAD destacou que, pela primeira vez na história, foram registrados personagens não-binários como integrantes do elenco regular de séries, ainda que na TV paga e no streaming – Raphael, de “Shadowhunters”, Taylor, de “Billions”, e Todd, de “BoJack Horseman”, por exemplo.
Apesar disso, a maior parte dos personagens LGBT+ em todas as plataformas são predominantemente do sexo masculino e de cor branca.