Anitta se manifesta sobre diretor de seu próximo clipe, envolvido em escândalo sexual

Anitta se manifestou sobre a polêmica envolvendo o diretor de seu próximo clipe, “Vai Malandra”, o americano Terry Richardson. Ele é um dos nomes envolvidos nos escândalos sexuais que sacodem Hollywood nos […]

Anitta se manifestou sobre a polêmica envolvendo o diretor de seu próximo clipe, “Vai Malandra”, o americano Terry Richardson. Ele é um dos nomes envolvidos nos escândalos sexuais que sacodem Hollywood nos últimos dois meses. Acusado de abuso sexual, perdeu diversos trabalhos e foi banido de publicações de moda que utilizavam seus serviços como fotógrafo.

Em comunicado enviado à imprensa carioca, a cantora afirmou que repudia as atitudes de Richardson e revela ter pedido uma análise jurídica para saber o que poderia ser feito com o vídeo rodado no morro do Vidigal, no Rio de Janeiro.

“Imediatamente após tomar conhecimento sobre as acusações de assédio que envolvem o diretor Terry Richardson, solicitei que minha equipe avaliasse o contrato para verificar o que juridicamente poderia ser feito. Estudamos todas as possibilidades, que foram além das questões jurídicas, passando também pelo envolvimento emocional, levando em consideração o imenso trabalho digno de todos os artistas e colaboradores que de alguma maneira fizeram este clipe acontecer. Esse não é um trabalho de uma pessoa só. Manterei minha promessa aos moradores do Vidigal e aos meus fãs lançando o clipe de ‘Vai Malandra’ em dezembro deste ano. Mostrando um pouco das minhas origens e mais sobre o funk carioca, do qual me orgulho muito de ser representante. Como mulher faço questão de reafirmar que repudio qualquer tipo de assédio e violência contra nós e espero que todos os casos dessa natureza sejam sempre investigados com a relevância e seriedade que merecem”, assinou Anitta.

No clipe, gravado no dia 20 de agosto deste ano, há uma cena com um paredão de mulheres usando biquíni de fita-crepe, imitando o estilo fio dental. Uma das marcas do trabalho de Richardson são os cliques provocantes. Mas o jornal britânico The Times o definiu como o “Harvey Weinstein da moda”, citando uma ex-editora da revista i-D, Caryn Franklin, que diz que o comportamento do fotógrafo era um segredo de polichinelo: “As pessoas eram cautelosas… Todas conheceram alguém que conhecia alguma coisa”.

Richardson tem como marca despir as mulheres que posam para seus ensaios, e foi acusado de constranger modelos e estagiárias durante a realização de seus trabalhos. Entre as denúncias feitas na reportagem do Times, mulheres afirmam que ele já exigiu que elas ficassem em posições “degradantes” durante os cliques, e, em alguns casos, pediu até que as modelos tocassem seu órgão sexual. A modelo Emma Appleton chegou a publicar, em 2014, uma mensagem identificada como sendo de Richardson em que ele diz: “Se eu puder transar com você, eu vou te colocar num editorial da Vogue”.

A revista Newsweek apurou que as primeiras acusações sobre o comportamento do fotógrafo de 52 anos surgiram em 2010. E se muitas revistas e empresas continuaram a contratar Richardson, outras deixaram de fazê-lo como a Aldo, H&M e Target. No final de outubro, ele também passou a ser vetado na Vogue, Vanity Fair, e em campanhas de grifes com as quais costumava trabalhar, como Valentino, Bulgari e Diesel.

Além de fotos de moda e de celebridades, geralmente envolvendo nudez, ele assinou clipes de Miley Cyrus (“Wrecking Ball”), Taylor Swift (“The Last Time”), Lady Gaga (“Cake”) e Beyoncé (“Xo”), entre outras estrelas da música pop. Miley chegou a comentar ter se arrependido de fazer “Wrecking Ball” nua, afirmando que estava chapada.

Assessores de Richardson tentaram reverter a situação com um comunicado: “Terry é um artista conhecido por seu trabalho sexualmente explícito, tantas de suas interações profissionais com temas são de natureza sexual e explícita, mas todos os colaboradores de seu trabalho participaram consensualmente dos ensaios”.