O ator americano Frank Vincent, conhecido por seus papéis de mafioso na série “Família Soprano” (The Sopranos) e nos filmes de Martin Scorsese, morreu na quarta-feira (13/9) os 78 anos, em um hospital de Nova Jersey. Ele passava por uma operação, após ter sofrido um ataque cardíaco na semana passada.
Nascido em 1939 em North Adams, Massachusetts, e de ascendência italiana, Frank Vincent quase despontou como talento musical, tendo tocado bateria, trumpete e piano para os cantores Trini López e Paul Anka. Mas acabou trocando de carreira após aparecer num pequeno papel como um jogador endividado em “The Death Collector” (1976), estrelado por Joe Pesci.
O filme chamou atenção de Robert De Niro, que sugeriu a Scorsese que o visse. E foi assim que Joe Pesci e Frank Vincent entraram na filmografia do cineasta, escalados para atuarem juntos num dos maiores clássicos de Scorsese, “Touro Indomável” (1980).
O papel de Vincent era Salvy Batts, a conexão mafiosa de Jake LaMotta (De Niro). O ator acabou transformando aquele personagem numa carreira, revivendo os trejeitos de mafioso em dezenas de filmes, dentre eles “Os Bons Companheiros” (1990) e “Cassino” (1995), em que voltou a contracenar com De Niro e Pesci, com direção de Scorsese.
O papel de Frankie Marino, vivido em “Cassino”, marcou tanto que o ator foi convidado a revivê-lo num clipe do rapper Nas, “Street Dreams” (1996).
Frank Vincent também foi um mafioso divertido em comédias como “Nos Calcanhares da Máfia” (1984), de Stuart Rosemberg, “Quem Tudo Quer, Tudo Perde” (1986), de Brian De Palma, e “Mafiosos em Apuros” (2000), de Michael Dinner.
Ele ainda trabalhou em dois clássicos de Spike Lee, “Faça a Coisa Certa” (1989) e “Febre da Selva” (1991), e filmou com Sidney Lumet (em “Sombras da Lei”, 1996) e James Mangold (em “Cop Land”, 1997).
Mas foi mesmo na aclamada produção da HBO, “Família Soprano”, que obteve o maior destaque da carreira. Seu personagem, o mafioso Phil Leotardo era o grande inimigo do protagonista Tony Soprano (James Gandolfini, também já falecido).