O Festival do Rio divulgou nesta terça-feira (5/9) a lista dos filmes selecionados para a Première Brasil, a seção competitiva de cinema brasileiro do evento, que vai exibir, em sua 19ª edição, 33 produções inéditas. Serão 22 longas e 11 curtas brasileiros, além de seis filmes fora de competição.
O público escolhe o melhor filme nas categorias ficção, documentário e curta, através do voto popular, enquanto um júri oficial elege as demais categorias. O vencedor da Première Brasil leva R$ 200 mil, enquanto o Melhor Filme da mostra Novos Rumos, também competitiva, ganha R$ 100 mil. São valores acima da média das premiações do cinema brasileiro, o que ajuda a explicar porque o evento carioca, originalmente concebido como festival internacional, se tornou o maior festival do cinema brasileiro em quantidade de filmes.
São tantas inscrições de produções de qualidade que, neste ano, o evento também espalhou produções nacionais pelas demais seções de sua programação. Assim, serão exibidas ao todo 75 produções brasileiras, sendo 59 longas e 16 curtas.
“Nos últimos anos, a Première Brasil ampliou sua grade, abrindo espaço para as mostras Novos Rumos e Retratos. Este ano, a qualidade dos filmes e a diversidade de temas abordados nos levou a selecionar filmes brasileiros para outras mostras do Festival do Rio, como Panorama, Midnight, Itinerários Únicos, Fronteiras, Première Latina, Expectativa 2017, Geração’, explicou Ilda Santiago, diretora executiva do Festival, em comunicado.
A quantidade de obras nacionais é recorde em eventos de cinema no país. Mas só os 22 longas da Première Brasil já estabelece como o Festival do Rio virou a principal plataforma de lançamentos do mercado.
Ao mesmo tempo, o festival está mais compacto, com apenas 11 dias de duração. Neste ano, acontecerá entre 5 a 15 de outubro.
A lista das obras em competição incluem “Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiado no Festival de Locarno, na Suiça, assim como novas obras de outros cineasta interessantes. Vale destacar que, ao contrário de festivais como Cannes, Berlim e Veneza, criticados pelo pouco espaço dado às cineastas femininas, a maioria dos filmes de ficção selecionados na Première Brasil é dirigido ou codirigido por mulheres.
Filmes Brasileiros do Festival do Rio 2017
Competição: Ficção
“Açúcar”, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
“Alguma Coisa Assim”, de Esmir Filho e Mariana Bastos
“Animal Cordial”, de Gabriela Amaral Almeida
“Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor
“Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra
“Como É Cruel Viver Assim”, de Júlia Rezende
“O Nome da Morte”, de Henrique Goldman
“Praça Paris”, de Lúcia Murat
“Unicórnio”, de Eduardo Nunes
Competição: Documentário
“Cartas para um Ladrão de Livros”, de Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini
“Dedo na Ferida”, de Silvio Tendler
“Em Nome da América”, de Fernando Weller
“Iran”, de Walter Carvalho
“Pastor Cláudio”, de Beth Formaggini
“Piripkura”, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge
“SLAM: Voz de Levante”, de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva
Competição: Curtas
“Adeus à Carne”, de Júlia Anquier
“Alcibíades”, de Breno Nina
“O Bagre de Bolas”, de Luiz Botosso e Thiago Veiga
“Borá”, de Angelo Defanti
“Maria”, de Lucas Pena
“Namoro à Distância”, de Carolina Markowicz
“Vaca Profana”, de René Guerra
Competição: Novos Rumos
“A Pparte do Mundo que me Pertence”, de Marcos Pimentel
“Amores de Chumbo”, de Tuca Siqueira
“Até o Próximo Domingo”, de Evaldo Mocarzel
“Copa 181”, de Dannon Lacerda
“O Muro”, de Lula Buarque
“Vende-se Esta Moto”, de Marcus Faustini
Competição: Curtas Novos Rumos
“Atrito”, de Diego Lima
“Capitão Brasil”, de Felipe Arrojo Poroger
“Sandra Chamando”, de João Cândido Zacharias
“Tailor”, e Calí dos Anjos
Fora de Competição: Ficção
“Entre Irmãs”, de Breno Silveira
“Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa
“Legalize Já!”, de Johnny Araújo e Gustavo Bonafé
“Motorrad”, de Vicente Amorim
“Zama”, de Lucrecia Martel
“BIO”, de Carlos Gerbase
Fora de Competição: Documentários
“Eu, Pecador”, de Nelson Hoineff
“Os 8 Magnificos”, de Domingos de Oliveira
“Todos os Paulos do Mundo”, de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira
“Torquato Neto – Todas as Horas do Fim”, de Eduardo Ades e Marcus Fernando
Fora de Competição: Curta
“O Quebra-cabeça de Sara”, de Allan Ribeiro
Retratos
“A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro”, de Leo Garcia e Zeca Brito
“Callado”, de Emília Silveira
“Clara Estrela”, de Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir
“Desarquivando Alice Gonzaga”, de Betse de Paula
“Fevereiros”, de Marcio Debellian
“Henfil”, de Angela Zoé
“O Cravo e a Rosa”, de Jorge Farjalla
“Querido Embaixador”, de Luiz Fernando Goulart
Première Latina
“Invisible”, de Pablo Giorgelli (Brasil-Argentina)
“Los Territórios”, de Iván Granovsky (Argentina-Brasil-Palestina)
“Nadie nos Mire”, de Julia Solomonoff (Argentina-Brasil-Colombia)
“O Gato de Havana”, de Dácio Malta
“Severina”, de Felipe Hirsch
Panorama do Cinema Mundial
“A Comédia Divina”, de Toni Venturi
“A Última Chance”, de Paulo Thiago
“Berenice Procura”, de Allan Fiterman
“On Yoga the Architecture of Peace”, de Heitor Dhalia
Expectativa
“Todas As Razões Para Esquecer”, de Pedro Coutinho
Fronteiras
“Limpam com Fogo”, de César Vieira, Conrado Ferato e Rafael Crespo
“Livres”, de Patrick Granja
Mostra Geração
“Que Língua Você Fala?”, de Elisa Bracher
“Sobre Rodas”, de Mauro D’Addio
“Yonlu”, de Henrique Montanari
Mostra Geração: Curtas
“Caminho dos Gigantes”, de Alois Di Leo
“Cabelo Bom”, de Swahili Vidal
“Em Busca da Terra sem Males”, de Anna Azevedo
Itinerários Únicos
“Maria – Não Esqueça que Eu Venho dos Trópicos”, de Francisco C. Martins
“O Silêncio É uma Prece”, de Candé Salles
“Tudo É Projeto”, de Joana Mendes da Rocha e Patricia Rubano
Midnight
“Serguei, O Último Psicodélico”, de Ching Lee
Midnight: Curta
“Sal”, de Diego Freitas