O diretor Adam Wingard deletou sua conta no Twitter, sem fazer alarde. De acordo com o site ComicBook, o motivo foram as ofensas e ameaças de morte que ele recebeu desde que começou a trabalhar em “Death Note”, adaptação americana do cultuado mangá criado por Tsugumi Ohba e Takeshi Obata.
Em entrevista ao Yahoo Movies no final de agosto, Wingard disse não levar ameaças a sério. Mas parece que o nível baixou ainda mais após a disponibilização do filme na Netflix. “Críticas sobre o filme são diferentes de ficar xingando cineastas no Twitter”, escreveu ele em postagem na rede social, antes de deletar sua conta.
O filme foi destruído pela crítica, com apenas 39% de aprovação no site Rotten Tomatoes, e integra uma leva de adaptações de mangás que escala atores americanos em papéis asiáticos e tenta justificar a medida com uma simples mudança de locação, sem, entretanto, alterar os elementos culturais japoneses da trama.
A história do estudante Light Yagami (Light Turner na versão americana), que encontra um caderno assombrado, capaz de matar qualquer um que tenha o seu nome escrito nele, já foi adaptado em duas séries (uma anime e outra com atores), além de quatro filmes live action no Japão.
Os próximos trabalhos de Adam Wingard também tem relação com o cinema asiático. Ele foi anunciado como diretor do remake do thriller sul-coreano “I Saw the Devil” e do filme de monstros “Godzilla vs. Kong”.