A Disney jogou nesta terça (8/8) uma bomba no já disputado mercado de streaming. A empresa que acumula mais sucessos recentes de cinema vai lançar seu próprio serviço de streaming em 2019.
O anúncio acompanha a decisão do estúdio de não renovar seu contrato de licenciamento de conteúdo para a Netflix, que agora será sua rival no negócio.
O contrato havia sido assinado em 2012, antes de o streaming ter ganhado força e se tornado um negócio muito lucrativo. A Netflix perderá o conteúdo da Disney ao fim do contrato atual – o que deve acontecer, justamente, até o fim de 2019.
Segundo o CEO da Disney, Bob Iger, o novo serviço de streaming terá curtas, filmes e séries da empresa, além de produções exclusivas. Durante apresentação do negócio para analistas, Iger afirmou que a companhia pretende fazer um “investimento significativo” em novas atrações para a plataforma.
A princípio, o serviço incluirá apenas desenhos e franquias da própria Disney e da Pixar, pois, segundo Iger, também estão em análise lançamentos de plataformas diferenciadas para os produtos da Marvel e da Lucasfilm.
“Estamos conscientes do volume de produtos que entrarão nesses serviços. E queremos ter cuidado com isso. Também pensamos em incluir Marvel e ‘Star Wars’ como parte do serviço da marca da Disney. Mas aí precisamos verificar se os fãs de Marvel e ‘Star Wars’ são os mesmos fãs da Disney ou pertencem a outro grupo de interesses, que pode ser complementar para a Disney. Então, está tudo em discussão”, Iger afirmou.
Ele definiu o projeto como “uma mudança estratégica significativa”. “Nós temos essa base incrivelmente apaixonada de consumidores da Disney em todo o mundo e, em praticamente todos os nossos negócios – exceto nos parques temáticos – , nunca tivemos a oportunidade de nos conectar diretamente com eles ou saber quem eles são. Já era tempo de entrar nesse negócio. E uma vez que decidimos entrar, as possibilidades de monetização são extraordinárias para esta empresa”.
Iger ainda acrescenta: “A rentabilidade, a capacidade de geração de receita desta iniciativa é substancialmente maior do que os modelos de negócios nos quais atualmente estamos sendo atendidos”.
Não há previsão de estreia do serviço para o Brasil.