Dunkirk e Em Ritmo de Fuga são as principais estreias da semana

Dois dos filmes americanos mais elogiados de 2017 chegam simultaneamente aos cinemas brasileiros nesta quinta (27/7). “Dunkirk” desembarca após estrear em 1º lugar nas bilheterias dos EUA, acompanhado por críticas que o […]

Dois dos filmes americanos mais elogiados de 2017 chegam simultaneamente aos cinemas brasileiros nesta quinta (27/7).

“Dunkirk” desembarca após estrear em 1º lugar nas bilheterias dos EUA, acompanhado por críticas que o chamam de “filme do ano” e “obra-prima”.

Dirigido por Christopher Nolan, responsável pela trilogia “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, o filme retrata a batalha de Dunquerque, uma das maiores derrotas das forças aliadas na 2ª Guerra Mundial. Mas poderia ter sido muito pior. Acuados numa ponta de praia, os soldados aliados contaram com um esforço logístico sobre-humano para não serem exterminados durante uma ofensiva por terra e ar, embarcando em fuga, sob bombardeio, para dezenas de navios mobilizados para resgatá-los rumo ao Reino Unido, inclusive com a ajuda de pequenos barcos civis.

Combinando atores famosos com iniciantes, destaca no seu elenco Tom Hardy (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Cillian Murphy (“No Coração do Mar”), Kenneth Branagh (“Operação Sombra – Jack Ryan”), Mark Rylance (“Ponte dos Espiões”), Jack Lowden (“71: Esquecido em Belfast”) e até o cantor Harry Styles, ex-One Direction.

Um dos filmes mais grandiosos de Hollywood neste século, é daqueles de que se diz que precisa ser visto numa tela grande. Por sinal, foi rodado com câmeras de IMAX.

“Em Ritmo de Fuga” traz Ansel Elgort (“A Culpa É das Estrelas”) como um ás dos volantes, que tem de ouvir música o tempo todo para evitar um zumbido em sua cabeça. Capaz de escapar de qualquer perseguição, ele é utilizado por um chefão do crime para uma série de fugas espetaculares durante assaltos. Com muito rock e cenas intensas de perseguição, o filme consegue a façanha de superar “Dunkirk” nos elogios e adorações da crítica americana.

Ansel Elgort esteve no fim de semana no Brasil para ajudar a promover o filme, que está se consolidando como o maior sucesso da carreira do diretor Edgar Wright (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”). O elenco ainda inclui Lily James (“Cinderela”), Kevin Spacey (série “House of Cards”), Jamie Foxx (“Django Livre”), Jon Hamm (série “Mad Men”), Jon Bernthal (série “Demolidor”), Eiza González (série “Um Drink no Inferno/From Dusk Till Dawn”), Flea (baixista do Red Hot Chili Peppers) e a cantora Sky Ferreira (vista em “Canibais”).

A programação ainda inclui mais duas produções americanas com distribuição em shopping centers.

A comédia “Como se Tornar um Conquistador” traz o ator mexicano Eugenio Debez (“Não Aceitamos Devoluções”) como uma amante latino da terceira idade, que precisa se virar após sua coroa rica lhe trocar por um modelo mais jovem. Estreia na direção do ator Ken Marino (série “Childrens Hospital”), serve mais para rever a sumida Rachel Welch (“Legalmente Loira”), sex symbol dos anos 1960, que não estrelava um filme há mais de uma década.

Novo terror de John R. Leonetti (de “Annabelle”), “7 Desejos” é uma coleção de clichês, que gira em torno de uma lição de moral: “cuidado com o que se deseja”. Na trama, uma caixa de música mágica dá a uma menina de 17 anos (Joey King, de “Independence Day: O Ressurgimento”) o direito de realizar sete desejos, mas nenhum deles surpreende, assusta ou ajuda o filme a evitar seu fracasso.

Três filmes completam as estreias em circuito limitado, dois deles coproduções do Brasil com vizinhos sul-americanos.

Exibido no Festival Varilux, o francês “O Reencontro” traz a veterana Catherine Deneuve (“Potiche”) como uma mulher extrovertida e descompromissada, que volta a procurar a filha de um ex-amante, 30 anos após sumir, em busca de companhia e apoio, ao ser diagnosticada com câncer. Apesar dessa premissa, o filme não é depressivo.

Coprodução entre Brasil e Argentina, “Esteros” é um drama de temática gay falado em espanhol, que mostra o reencontro de dois velhos amigos de infância. Separados quando começavam a despertar suas sexualidades, voltam a se ver no mesmo cenário idílico, quando um deles chega com a namorada para passar férias.

Coprodução entre Brasil e Colômbia, “Love Film Festival” acompanha uma roteirista brasileira, vivida por Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), e um diretor colombiano, Manolo Cardona (“Macho”), numa filmagem que se estende por quatro anos – estilo “Boyhood” (2014), mas menos ambicioso. Os dois se conhecem nos bastidores de um festival europeu de cinema, vivem um relacionamento, separam-se e acabam voltando a se cruzar em novos eventos internacionais.

Com roteiro de Manuela Dias (série “Justiça”), câmera na mão e um registro semi-documental, rodado em festivais reais de cinema por quatro diretores diferentes – entre eles Vinicius Coimbra (“A Floresta que se Move”) e Bruno Safadi (“Eden”) – , a produção contraria sua aparente ousadia ao assumir clichês de cinema em sua encenação. Mas vale como curiosidade cinéfila, e porque todo filme com Leandra Leal justifica a ida ao cinema.