A Annapurna contratou o diretor Jaume Collet-Serra (“Águas Rasas”) para dirigir “Waco”, filme sobre o massacre da seita de David Korsh em 1993.
O roteiro foi escrito por Mark Boal (“A Hora Mais Escura”) e Marc Haimes (“Kubo e as Cordas Mágicas”). E em entrevista ao site Deadline, Boal traçou paralelos entre a história trágica e os rumos do governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
“Waco foi um ponto de virada histórica na batalha entre o FBI e a extrema direita da América”, disse Boal. “É uma colisão entre uma facção militante, a Segunda Emenda e o direito à liberdade religiosa. Muitos disseram que esta seita não estava incomodando ninguém, mas o filme será sobre o que o FBI e o Departamento de Justiça percebem como uma ameaça, e por que e como decidiram esmagá-la”.
Comandada por David Koresh, a seita Branch Davidians vivia em um rancho em Waco, interior do Texas. Acreditando que o grupo estava armazenando armas, o governo autorizou uma busca no local. Segundo divulgado pela imprensa na época, os agentes foram recebidos a tiros, o que deu início ao cerco. Quatro agentes e seis membros da seita morreram durante o cerco policial, que durou 51 dias em 1993. A situação levou os agentes do FBI a invadirem o local, mas a ação provocou um incêndio, no qual morreram a maioria dos integrantes da seita, incluindo Koresh.
A expectativa é que as filmagens comecem no fim do ano.
Entretanto, a produção contará com concorrência de uma minissérie, que já escalou seu elenco. Também intitulada “Waco”, a minissérie será estrelada por Michael Shannon (“Animais Noturnos”), Taylor Kitsch (série “True Detective”) e Melissa Benoist (protagonista de “Supergirl”), e estreia em janeiro no lançamento do canal pago Paramount (atual Spike) nos Estados Unidos.