O último episódio da 7º ano de “The Walking Dead”, exibido na noite de domingo, registrou a pior audiência de fim de temporada do programa nos últimos cinco anos. De acordo com os dados da Nielsen, o episódio foi visto por 11,3 milhão de espectadores, número que só superou o desfecho das duas primeiras temporadas, quando a série ainda não era um fenômeno tão grande de popularidade.
A diferença em relação ao season finale passado, visto por 14,2 milhões de pessoas, foi significativa: o público diminuiu em 20%. Mas a queda se torna realmente preocupante quando comparada à própria estreia da temporada. Vista por 17 milhões de telespectadores, a atual fase abriu com a segunda melhor audiência de todos os tempos da série, para encerrar com uma das piores.
Após um começo frenético, que registrou duas mortes de personagens centrais, a série diminuiu o ritmo e passou a andar em ritmo de zumbi, a partir da decisão de dividir o grupo de protagonistas em núcleos distintos. Mas ao contrário de “Game of Thrones”, que consegue avançar diversas histórias paralelas simultaneamente, os produtores optaram por enfatizar um grupo por semana, truncando a narrativa.
O showrunner atual, Scott M. Gimple, também tem buscado adaptar os quadrinhos de Robert Kirkman de forma mais fiel, inclusive transpondo diálogos completos dos gibis para a televisão. E isto também influenciou no ritmo, priorizando discursos e motivações de personagens sobre a ação.
Pelo que Gimple vem dizendo, em entrevistas, os planos para a próxima temporada indicam uma continuação da tendência, com a adaptação do arco “All Out War”, na base de um gibi por episódio, até o final da temporada. A trama de 12 gibis, porém, poderia virar apenas quatro capítulos numa adaptação ao estilo de “Game of Thrones”.