O desempenho abaixo do esperado de “A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell” está sendo atribuído à patrulha ideológica pelos executivos da Paramount Pictures. Tudo por conta da polêmica do “embranquecimento” dos personagens, que apesar de serem japoneses no mangá e no anime originais, foram interpretados por atores ocidentais.
Kyle Davies, chefe de distribuição do estúdio, disse que tinha esperança de melhores resultados no mercado norte-americano, mas a acusação de “whitewashing” teve mais impacto na arrecadação do que o estúdio estava esperando.
“Você tem um filme que é muito importante para os fãs uma vez que é baseado em um anime japonês. Então você está sempre tentando encontrar a medida exata entre honrar o material de origem e fazer um filme para uma audiência de massa. Isso é um desafio, mas é evidente que os comentários não ajudaram.”
Orçado em US$ 110 milhões, o longa estrelado por Scarlett Johansson fez apenas US$ 19 milhões em seu fim de semana de estreia nos EUA, mas tem respondido melhor no mercado internacional, onde faturou o dobro.
No filme, Johansson vive a personagem Major, que originalmente é uma japonesa, mas a história foi alterada para justificar a mudança étnica. A explicação, porém, ficou pior do que se o fato fosse simplesmente ignorado.
As mesmas críticas agora se voltam à adaptação de “Death Note” pela Netflix.
Com isso, é possível que sejam abandonados todos os planos de adaptação de mangás, que os estúdios americanos pretendiam produzir.