A Netflix anunciou que “3%”, sua primeira série brasileira, é também a série em língua estrangeira mais assistida nos EUA de seu serviço. O comunicado oficial da empresa afirmou ainda que mais da metade da audiência da série vem de mercados internacionais.
Erik Barmack, vice-presidente de Originais Internacionais da Netflix, justificou o sucesso em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, afirmando a série possui uma trama capaz de gerar empatia de diferentes públicos ao redor do mundo.
“A série foi amplamente vista fora do Brasil em diversos países, o que nos mostra que há sempre um público para uma grande narrativa, seja com conteúdo produzido nos Estados Unidos, Brasil, Singapura, Austrália, Índia ou no Oriente Médio. O sucesso da série em todo o mundo nos levou a confirmar a 2ª temporada assim que ela foi lançada. Os produtores, diretores e elenco brasileiros de ‘3%’ construíram uma série atraente que questiona a dinâmica da sociedade ao colocar os personagens em um processo de sobrevivência cruel para chegar ao ‘outro lado’.”
O resultado foi fruto de um levantamento levando em consideração todas as séries faladas em outro idioma que não o inglês exibidas pelo serviço de streaming. Disponibilizada pela Netlix em mais de 190 países, a série também foi elogiada por publicações internacionais como a revista The Hollywood Reporter e o site IndieWire, apesar da crítica brasileira ter sido reticente.
Apesar desse sucesso, a série conta com um dos menores orçamentos entre as atrações da Neflix. Para se ter noção, um único episódio de “The Crown” custa praticamente duas temporadas de “3%”.
Criada por Pedro Aguilera (“Os Homens São de Marte… E é pra Lá que Eu Vou!”), “3%” teve seus sete episódios iniciais disponibilizados em 25 de novembro, com direção do uruguaio Cesar Charlone (“Artigas, La Redota”), indicado ao Oscar pela fotografia de “Cidade de Deus” (2002). O anúncio da renovação veio logo em seguida, em 4 de dezembro. Mas até agora não há previsão para a estreia da sua 2ª temporada.