Donald Trump convidou ao ator Sylvester Stallone a participar de seu governo. O presidente eleito dos EUA, que assume a Casa Branca em janeiro, quer o astro dos filmes de ação como presidente do National Endowment for the Arts (NEA), uma agência do governo federal que oferece apoio e financiamento para projetos que apresentam excelência artística e cultural.
O presidente da NEA é apontado pelo presidente dos EUA para um mandato de quatro anos, mas seu nome precisa ser aprovado pelo Congresso americano.
Como os EUA não possuem o equivalente a um Ministério da Cultura, o NEA acaba ocupando esta área como a agência com o maior orçamento para cultura do pais, além de pautar a política cultural do governo, realizando, entre outras funções, a cerimônia da Medalha Nacional das Artes, em que o presidente homenageia artistas que se destacaram ao longo de suas carreiras.
São cerca de US$ 150 milhões anuais para investir em arte e cultura, entre bolsas e realização de projetos. Mas a pauta cultural nem sempre é bem aceita pelo Congresso, o que já rendeu diversas polêmicas. Em 1989, ao financiar artistas plásticos controversos como Andres Serrano e Robert Mapplethorpe, a NEA enfrentou um pesado lobby conservador, levando o Congresso a tentar censurar suas decisões (falhou) e diminuir seu orçamento (conseguiu, cortando pela metade).
A informação de que Stallone foi convidado para assumir o cargo surgiu no tabloide inglês Daily Mail, mas foi confirmada por fontes independentes até para o site Deadline. Stallone estaria refletindo e ainda não deu sua resposta.
O astro de 70 anos já demonstrou anteriormente interesse em ingressar na carreira política, como seu amigo Arnold Schwarzenegger, ex-governador da Califórnia, mas resta saber se vai mesmo aceitar o convite de Trump e se o Congresso americano aprovará sua nomeação.