A Netflix vai começar a oferecer seus serviços offline em breve. O que vinha sendo especulado há algum tempo virou informação oficial, confirmada por Ted Sarandos, chefe de conteúdo do serviço, em entrevista ao canal pago americano CNBC.
“Temos conversado muito sobre isso ao longo dos anos e nossa crença é que a banda larga e o wi-fi tornam-se mais e mais onipresentes, disponível em mais e mais lugares que você está, por mais e mais minutos do dia”, disse Sarandos, antes de fazer uma importante ressalva, responsável pela reavaliação do modelo do serviço.
“Agora que lançamos a Netflix em mais territórios… Todos eles têm diferentes níveis de velocidade de banda larga e acesso wi-fi. Assim, nesses países os usuários se adaptaram muito mais a uma cultura de download. Então, nesses territórios emergentes começa a se tornar um pouco mais interessante [os filmes offline]”, completou.
E, de fato, um dos maiores inconvenientes da Netflix é justamente o gargalo de velocidade da internet, que resultada em quedas de qualidade e travadas no streaming.
Quando perguntado se esse recurso surgirá em breve, Sarandos disse que a empresa está “olhando isso agora, então vamos ver quando”. Mas, pelo que adiantou, a oferta de download do conteúdo da Netflix deve ser antecipada em países em desenvolvimento, como o Brasil.
A Netflix era resistente ao recurso offline por achar que isso traria “complexidade” para a experiência do usuário, obrigando-o a gerenciar espaço e conteúdo disponíveis. Mas o público já se acostumou a isso, graças aos DVRs, gravadores digitais que se popularizaram nos últimos anos. Além disso, serviços rivais como o Amazon Prime se adiantaram e já lançaram o recurso.
Agora não se trata mais de especular se a plataforma vai oferecer seus filmes e séries para download e sim quando.