Enquanto o futuro da saga “Divergente” segue incerto, o diretor do primeiro filme, Neil Burger, lamentou que situação tenha chegado neste ponto, e aponta a ganância do estúdio como culpada.
Em entrevista para a revista The Hollywood Reporter durante o Festival de Nova York, Burger desabafou: “É tão triste. Eu estava apenas conversando com o pessoal da Lionsgate sobre outra coisa recentemente, e eles entraram nessa situação complicada devido a várias circunstâncias. Acho que eles sentem que não deveriam ter dividido o último livro em dois [filmes]. Se não tivessem feito, teriam encerrado em alta, mas à época eles estavam animados e viram potencial ali.”
“É triste porque eu amo todos aqueles atores, e eles foram bastante leais”, completou. “Eles ainda estão tentando entender o que fazer com a franquia”, finalizou.
Segundo apurou o site da revista Variety, o estúdio Lionsgate estaria planejando lançar “A Série Divergente: Ascendente”, atualmente em pré-produção, diretamente na televisão ou num serviço de streaming.
A mudança de estratégia seria reflexo da queda de bilheteria registrada no filme anterior. Enquanto “Divergente” (2014) e “A Série Divergente: Insurgente” (2015) arrecadaram US$ 288,8 milhões e US$ 297,2 milhões, respectivamente, “A Série Divergente: Convergente” (2016) implodiu com US$ 179 milhões em todo o mundo.
Diante de um calendário lotado de blockbusters no verão de 2017, o estúdio passou a considerar uma mudança de estratégia. Segundo a Variety, além de levar “Ascendente” para a televisão, o estúdio ainda estaria pensando em transformar o universo criado pela escritora Veronica Roth em uma série televisiva, mas ainda não fechou parceria com nenhum canal de TV ou streaming.
A ideia é que o filme finalize o enredo envolvendo os protagonistas da franquia e apresente novos personagens, que serão as estrelas da vindoura série. Assim, o final da saga viraria o piloto de série mais caro de todos os tempos.
Com direção de Lee Toland Krieger (“A Incrível História de Adaline”), “A Série Divergente: Ascendente” ainda pode ser lançado nos cinemas no mercado internacional. No Brasil, a estreia ainda está mantida em 8 de junho de 2017, embora as filmagens sequer tenham sido marcadas até o momento.
Em entrevista recente, a protagonista Shailene Woodley demonstrou que não está de acordo com a mudança de planos. “Eu não assinei [contrato] para fazer uma série de TV”, declarou, completando: “O estúdio e todo mundo envolvido podem ter mudado de ideia, mas eu não estou necessariamente interessada em fazer uma série de TV”.