A montagem final do filme “Esquadrão Suicida” continua dando o que falar. Depois da revista The Hollywood Reporter apurar que a empresa que fez o trailer editou o longa-metragem, dando um tom diferente – mais alegre, colorido e superficial – para o roteiro e a filmagem do diretor David Ayer, o ator Jared Leto confirmou que seu trabalho de incorporação do Coringa foi desperdiçado.
Leto demonstrou descontentamento ao falar sobre a quantidade de material que foi cortado em duas entrevistas diferentes. “Teve alguma cena que não foi cortada?”, chegou a ironizar, ao comentar a montagem para o site IGN. “Foram tantas cenas cortadas do filme, que não sei nem por onde começar”, lamentou.
“Fizemos várias experimentações no set, nós exploramos muito. Há tanta coisa que nós filmamos que não está no filme. Se eu acabar morrendo em breve, é bem provável que esse material vai surgir em algum lugar. A boa notícia sobre a morte de um ator é que tudo isso acaba aparecendo”, disse, de forma mórbida.
De fato, só nos trailers divulgados há duas cenas do Coringa não mostradas nos cinemas.
Questionado pela BBC Radio 1 sobre o que teria motivado tantos cortes, Leto respondeu: “Acho que eu levei tanta coisa para cada cena que provavelmente foi preciso filtrar toda a loucura. Como eu queria dar várias opções, acho que provavelmente há metragem suficiente para montar um filme do Coringa. Se eu morrer amanhã, talvez o estúdio edite uma versão”, disse, retomando o tom mórbido.
O ator também lamentou que a Warner não tenha lançado o filme com uma classificação etária mais alta: “Se tem um filme que deveria ter classificação adulta, deveria ser o filme sobre os vilões”.
E encerrou comentando sua participação em futuras produções da DC Comics. “Isso dependerá inteiramente da resposta do público. Se eles responderem positivamente a este Coringa, eu posso imaginar o Coringa voltando, mas se não responderem bem, certamente não vou querer prolongar minha permanência no papel”.