O Diário Oficial da União de terça-feira (26/7) trouxe a demissão da cúpula da Cinemateca Brasileira. Os exonerados são a coordenadora-geral da instituição, Olga Futemma, e os membros da diretoria Alexandre Myazito, Nancy Hitomi Korim e Daniel Oliveira Albano. Todos possuíam cargos comissionados, tendo sido nomeados antes da chegada do atual ministro Marcelo Calero, da gestão Michel Temer.
Procurado pelo jornal Folha de S. Paulo, o Ministério da Cultura justificou as exonerações como parte da restruturação pela qual o órgão passa. Além da cúpula da Cinemateca Brasileira, outros 70 profissionais foram demitidos, entre eles, o diretor do Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro, o maestro Wagner Tiso.
Local responsável pela preservação do audiovisual brasileiro com um dos maiores acervos da América Latina, a Cinemateca Brasileira chegou a contar com 150 funcionários, sendo, atualmente, aproximadamente 30 servidores. O contrato desses trabalhadores está previsto para expirar em dezembro deste ano.
Em fevereiro, um incêndio nos arquivos da Cinemateca destruiu cerca de mil rolos de filmes originais, de películas rodadas até a década de 1950. E há três anos um acordo com a ONG Sociedade Amigos da Cinemateca foi suspenso por suspeita no gerenciamento de R$ 100 milhões em verba pública.