O ator Leonardo DiCaprio terá que depor num processo por difamação apresentado por um ex-executivo da Stratton Oakmont sobre a maneira como a qual ele foi supostamente representado no filme “O Lobo de Wall Street” (2013), de Martin Scorcese.
O juiz norte-americano Steven Locke, de Nova York, afirmou na quinta-feira que DiCaprio deveria se fazer disponível para perguntas, decisão que teve a oposição da Paramount Pictures e da empresa Appian Way Productions, de DiCaprio.
O autor do processo, Andrew Greene, entrou em 2014 com a ação em que pede mais de US$ 50 milhões de indenização, alegando ter sido difamado no filme pela interpretação do ator P. J. Byrne de um personagem com desvios éticos e morais chamado Nicky Koskoff.
A Paramount afirmou que Koskoff foi um “personagem composto” inspirado em vários indivíduos, entre eles Greene.
DiCaprio, de 41 anos, fez o papel de Jordan Belfort, um trapaceiro, que fundou a Stratton Oakmont, cujo livro de memórias de 2007 serviu como base do filme. Greene é um amigo de infância de Belfort.
Ao se opor ao questionamento, os advogados disseram que DiCaprio não escreveu o roteiro, e não havia nenhuma alegação de que ele teve qualquer influência na decisão de incluir ou não o conteúdo supostamente difamatório no filme.
Mas os advogados de Greene conseguiram convencer o juiz ao afirmarem que já haviam questionado Scorsese e o roteirista Terence Winter, e que ambos testemunharam que se encontravam regularmente com DiCaprio para discutir o roteiro.