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Filme|13 de março de 2016

Boa Noite, Mamãe faz terror com mistério, violência e clima de pesadelo

O terror parece viver um momento de renovação, com produções independentes e de países diferentes que fogem dos estereótipos mais tradicionais do gênero. O austríaco “Boa Noite, Mamãe” (2014) tem cativado a crítica, mas dividido o público, algo que também tem sido uma característica da safra atual. Alguns espectadores, por exemplo, percebem logo de cara um dos segredos do filme. E isso até pode ser considerado um problema, já que supostamente seria a surpresa do final.

De todo modo, o que conta mesmo é a atmosfera densa, criada na relação entre dois meninos gêmeos de nove anos de idade e a mulher que pode ou não ser a mãe deles, que, após uma cirurgia plástica, volta para casa com o rosto enfaixado. Como ela se comporta de maneira diferente e também um tanto cruel, os meninos começam a suspeitar de que se trata de outra pessoa.

Um dos problemas do longa de estreia da dupla Severin Fiala e Veronika Franz é o andamento arrastado e repetitivo da primeira metade da narrativa, quando as crianças são mostradas como vítimas. A partir do momento da virada, porém, “Boa Noite, Mamãe” ganha contornos mais interessantes. A obra explode em sangue e tensão, com uma exibição de violência e tortura que aproxima o filme do subgênero torture porn.

Por outro lado, há, também, vários elementos de mistério na trama, tanto que o final deixa sem resposta certas situações, como o túmulo cheio de ossos humanos em que os meninos encontraram um gato, e mesmo os detalhes do acidente da mãe – mas provavelmente nada disso seja importante. De fato, é até bom que certas coisas permaneçam sem explicação, como a obsessão dos gêmeos por baratas, que alimenta repulsa e gera bons momentos, ou a tendência mais sombria de um deles, em comparação com o outro.

Por ser climático, é um filme que cresce à medida que pensamos nele. Se é um dos melhores exemplares do gênero dos últimos anos? Talvez não seja para tanto. Afinal, o quanto é bom lembrar de um pesadelo?

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Ailton Monteiro

Ailton Monteiro é professor e vai ao cinema com frequência desde os 16 anos de idade. Mantém o blog Diário de um Cinéfilo, premiado com o Quepe do Comodoro de melhor blog de cinema em 2004.

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