Prova de que o mercado subestima a produção cinematográfica nacional, “Chatô, o Rei do Brasil”, de Guilherme Fontes, foi o segundo filme que mais encheu salas de cinema em seu fim de semana de estreia. Perdeu apenas para o onipresente “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final”. Mas enquanto este ocupou mais de 1,2 mil telas – 40% do circuito exibidor completo – , o longa brasileiro foi lançado em menos de 20 salas, exclusivamente no Rio e em São Paulo.
Com isso, “Chatô”, que custou uma fortuna inestimável para ser rodado – com multas por problemas fiscais, há uma avaliação de débito que gira em torno de R$ 70 milhões – rendeu apenas R$ 200 mil em seus quatro primeiros dias de exibição. Isto representa 1% dos R$ 20 milhões arrecadados pelo final de “Jogos Vorazes”.
Sem perder o gingado, o diretor informou que, a partir desta quinta-feira (26/11), o número de salas cresce para 44. Outras 14 cidades vão receber o filme, além de Rio e São Paulo, mantendo a esperança de a arrecadação crescer de maneira substancial.
As lotações das salas mostram que o público está, no mínimo, curioso para ver a obra, realizada ao longo de 20 anos. Mas mesmo enchendo cinemas, a saga quixotesca de “Chatô” continua, precisando agora superar o acesso limitado.