Planeta dos Macacos: A Guerra e novo filme de Selton Mello chegam aos cinemas

“Planeta dos Macacos: A Guerra” é a maior estreia desta quinta (3/8), com lançamento em mais de mil cinemas. O longa encerra com chave de ouro a trilogia da Fox, mostrando o […]

Divulgação/20th Century Fox

“Planeta dos Macacos: A Guerra” é a maior estreia desta quinta (3/8), com lançamento em mais de mil cinemas. O longa encerra com chave de ouro a trilogia da Fox, mostrando o confronto final entre o último exército humano e os símios evoluídos liderados por César, numa escala épica e com efeitos visuais bastante realistas. Andy Serkis, o intérprete de César, esteve no Brasil para divulgar a produção, resumindo seu tema como “empatia”.

Dirigido por Matt Reeves, que assinou “Planeta dos Macacos: O Conflito”, a continuação estreou com elogios rasgadíssimos e em 1º lugar nas bilheterias norte-americanas. Ao atingir 93% de aprovação no Rotten Tomatoes, ainda realizou uma façanha rara, encerrando uma trilogia com o capítulo mais bem-avaliado de todos. Nem “Star Wars” conseguiu isso.

A semana registra apenas outro lançamento com distribuição ampla, o nacional “O Filme da Minha Vida”, terceiro longa dirigido por Selton Mello, que chega em 274 salas. E também é um caso em que o terceiro é o melhor, apesar de “O Palhaço” (2011) já ser sensacional. Selton Mello virou um senhor diretor, entregando um filme belíssimo justamente sobre o amadurecimento.

A trama adapta o livro “Um Pai de Cinema”, do escritor chileno Antonio Skármeta (“O Carteiro e o Poeta”). Passado nos anos 1960, gira em torno de Jacques (Johnny Massaro, de “A Frente Fria que a Chuva Traz”), jovem professor de um povoado que foi abandonado pelo pai, um forasteiro francês (Vincent Cassel, de “Em Transe”), há vários anos, herdando apenas uma motocicleta e um amigo, papel do próprio Selton Mello. O elenco também destaca Bruna Linzmeyer (“A Frente Fria que a Chuva Traz”), mais linda que nunca.

Outro bom drama nacional chega em circuito limitado. Exibido no Festival de Berlim, premiado no Festival de Brasília e vencedor do Festival de Jeonju, na Coreia do Sul, “Rifle” marca a estreia em longas de ficção do diretor Davi Pretto, que já tinha chamado atenção internacional com seus curtas e documentários. A trama é um western gaúcho, sobre um jovem que vive isolado com sua família em uma região rural e remota do sul do país. Quando um rico proprietário tenta comprar suas terras, ele passa a carregar sempre um rifle para defender seu território.

O circuito alternativo também destaca o argentino “Eva Não Dorme”, de Pablo Agüero (“Salamandra”), estrelado por Gael García Bernal (“Neruda”). Com atmosfera claustrofóbica de terror, o drama conta o destino insólito e mórbido do cadáver de Eva Peron, refletindo ao mesmo tempo os horrores que se abateram sobre a Argentina após sua morte.

Completam a programação três filmes falados em francês. “Os Meninos que Enganavam Nazistas” é uma coprodução franco-canadense sobre as aventuras de dois meninos judeus em fuga dos nazistas pela Europa dos anos 1940, e reflete a tradição do diretor Christian Duguay (“Belle e Sebastian: A Aventura Continua”) em filmes comerciais medianos. “O Reino da Beleza” é de outro cineasta canadense, Denys Arcand (“As Invasões Bárbaras”), e gira em torno da infidelidade de um arquiteto, o que explica sua estética de revista de decoração. Por fim, “Saint Amour – Na Rota do Vinho” é uma desculpa para Gérard Depardieu encher a cara e ser pago por isso, cortesia dos diretores Gustave Kervern e Benoît Delépine, que já o tinham dirigido em “Mamute” (2010). Trata-se de mais um filme de turismo gourmet, desta vez rodado com câmera na mão para criar um realismo de pseudo-documentário.

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