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    Robert Forster (1941 – 2019)

    12 de outubro de 2019 /

    O ator Robert Forster, indicada ao Oscar por “Jackie Brown”, de Quentin Tarantino, morreu na sexta-feira (11/11) em sua casa em Los Angeles de câncer no cérebro. Ele tinha 78 anos. De longa e celebrada carreira, Robert Wallace Forster Jr. era filho de um treinador de animais de circo e fez sua estréia no cinema em 1967, ao lado de Marlon Brando e Elizabeth Taylor em “Os Pecados de Todos Nós”, virando protagonista no cultuadíssimo “Dias de Fogo” (1969), como um cinegrafista em crise ética. A transformação em ator se deu por acaso. Ele estudava na Universidade de Rochester com a intenção de se tornar advogado, mas uma garota surgiu em seu caminho. “Eu estava no último ano. Segui uma garota até o auditório da universidade, tentando pensar em como chegar e falar com ela. Ao entrar lá, vi que eles estavam fazendo testes para uma peça e essa garota já estava no elenco. Eu pensei: ‘É assim que eu vou conhecê-la!'”, Forster contou em um entrevista ao site The AV Club em 2000. Ele conseguiu uma vaga na peça… e também a garota, June Provenzano, com quem se casou e teve três filhas. Depois de se formar, Forster seguiu nos palcos. Ele estreou na Broadway na peça “Mrs. Dally”, em 1965, e sua interpretação elogiada levou a um teste no estúdio 20th Century Fox, onde se tornou um dos últimos artistas contratados pelo lendário chefe do estúdio Darryl F. Zanuck, após ser aprovado pelo diretor John Huston para “Os Pecados de Todos Nós”. No filme, Forster retratava uma pracinha de espírito livre, que se tornava uma obsessão do Major vivido por Brando. Seguindo papéis coadjuvantes em “A Noite da Emboscada” (1968), de Robert Mulligan, e “Justine” (1969), de George Cuckor, Forster foi estrelar o lendário “Dias de Fogo” (Medium Cool), de Haskell Wexler. O filme, que tratava de tópicos políticos e sociais, como o autoritarismo do governo, os direitos raciais, a Guerra do Vietnã e a crescente importância dos noticiários da TV, tornou-se um marco da agitação contracultural do período, resultando numa combinação bombástica de ficção e imagens documentais, captadas pelo diretor durante a tumultuada Convenção do Partido Democrata em Chicago, em 1968. “Muitas das imagens eram reais. Dizem que é o melhor ou talvez o único exemplo real de cinema vérité americano”, disse Forster ao The AV Club. “Eu acho que a frase ‘O mundo inteiro está assistindo’ foi cunhada naquele momento, quando os militares tentaram reprimir a multidão diante da imprensa. Eles estavam empurrando-os, separando-os e a multidão gritava ‘Não deixem, não deixem, o mundo inteiro está assistindo.” Depois desse filme impactante, ele viveu uma coleção de personagens heroicos, como o capitão de uma nave espacial no ambicioso thriller de ficção científica da Disney, “O Buraco Negro” (1979), mas sua carreira não tomou o rumo imaginado, o que acabou conduzindo-o para o lado B do cinema e produções de televisão. “Fiquei 21 meses sem emprego. Eu tinha quatro filhos, aceitava qualquer emprego que pudesse”, confessou ao jornal Chicago Tribune em 2018. “Minha carreira esteve por cima por cinco anos e depois ficou pra baixo por 27. Toda vez que atingia o nível mais baixo que eu pensava que podia tolerar, caía um pouco mais e depois mais um pouco. Até que eu fiquei sem agente, empresário, advogado, nada. Eu pegava o que quer que aparecesse”. Fã de Forster desde criança, Quentin Tarantino ajudou a mudar essa trajetória. Ele chegou a pensar no ator para “Cãos de Aluguel” (de 1992), mas acabou contratando-o apenas para “Jackie Brown” (1997). Ele escreveu a adaptação do romance de Elmore Leonard, “Rum Punch”, com Foster em mente para o papel de Max Cherry. “Anos se passaram desde que conversamos pela primeira vez numa cafeteria. Àquela altura, a minha carreira estava muito, muito morta”, lembrou Forster em uma entrevista em 2018 ao Fandor. “Na primeira vez, nós blá-blá por alguns minutos, mas seis meses depois ele apareceu na mesma cafeteria com um script nas mãos e o entregou para mim. Quando eu li, mal podia acreditar que ele queria que eu vivesse Max Cherry. Então, quando questionei, ele disse: ‘Sim, é Max Cherry que escrevi para você’. Foi quando eu disse pra ele: ‘Tenho certeza que eles não vão deixar você me contratar’. E ele disse: ‘Contrato quem quiser’. E foi aí que eu percebi que conseguiria outra chance na carreira”. E que chance. Foster recebeu sua primeira e única indicação ao Oscar por seu desempenho no filme, e os convites para filmes com bons orçamentos voltaram a aparecer. Forster foi procurado por vários cineastas famosos e trabalhou em filmes como o remake de “Psicose” (1998), de Gus van Sant, na comédia “Eu, Eu Mesmo e Irene” (2000), dos irmãos Farrelly, “Cidade dos Sonhos” (2001), de David Lynch, “Natureza Quase Humana” (2001), de Michel Gondry, “As Panteras: Detonando” (2003), de McG, “Xeque-Mate” (2006), de Paul McGuigan, e o premiado “Os Descendentes” (2011), de Alexander Payne. O ator ainda interpretou o general Edward Clegg no filme de ação “Invasão a Casa Branca” (2013) e sua sequência, “Invasão a Londres” (2016), e deu show no drama indie “Tudo o que Tivemos” (2018), como um marido que tenta cuidar de sua esposa (Blythe Danner) com Alzheimer. Paralelamente, colecionou papéis notáveis em séries. Foi o pai de Carla Gugino em “Karen Cisco”, série que também adaptou uma obra de Elmore Leonard, o patriarca de uma família de pessoas superpoderosas em “Heroes”, o pai de Tim Allen em “Last Man Standing” e o irmão do xerife Harold Truman (Michael Ontkean) no revival de “Twin Peaks” de 2017. Mas o papel televisivo pelo qual é mais lembrado foi do homem conhecido apenas como Ed, que esconde Walter White (Bryan Cranston) no penúltimo episódio da série “Breaking Bad”. Seu último trabalho foi justamente uma reprise do personagem no filme derivado da série, “El Camino”, que estreou no dia da sua morte na Netflix.

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    Maria Isabel de Lizandra (1946 – 2019)

    15 de março de 2019 /

    Morreu na noite de quinta-feira (15/3), em São Paulo, a atriz Maria Isabel de Lizandra, que fez muito sucesso em novelas das décadas de 1960 e 1970. Ela tinha 72 anos e tinha dado entrada no Hospital das Clínicas pela manhã, com pneumonia. Maria Isabel Reclusa Antunes Maciel nasceu em São Paulo em 1946, e estreou na TV Tupi aos 18 anos, na novela “Se o Mar Contasse” (1964), de Ivani Ribeiro. Em seguida passou a estrelar novelas da TV Excelsior, sempre em personagens de destaque, como Raquel em “As Minas de Prata”, Eulália Terra em “O Tempo e o Vento”, Ruth em “O Terceiro Pecado”, e Rosália em “A Muralha”, entre 1966 e 1969. Com o fim da TV Excelsior, em 1970, voltou à Tupi, onde se tornou uma das principais estrelas da emissora, emendando 10 novelas em 10 anos, com personagens ainda lembradas pelos fãs mais velhos, como Malu de “Mulheres de Areia” (1973-1974), Catarina Batista de “O Machão” (1974-1975) – nestas duas, formando par romântico com Antônio Fagundes -, Lúcia de “Xeque-Mate” (1976) e Isabel de “Éramos Seis” (1977) – filha de Dona Lola (Nicette Bruno). Durante sua fase mais popular, tornou-se também estrela cinematográfica. Levou quase uma década entre a estreia em “Vereda da Salvação” (1964), de Anselmo Duarte, ao segundo filme, “O Supermanso” (1974), de Ary Fernandes, mas emendou lançamentos consecutivos no auge do gênero que ficou conhecido como pornochanchada – “As Mulheres Sempre Querem Mais” (1974), “A Noite da Fêmeas” (1976) e “Belas e Corrompidas” (1977). Ela não fez mais filmes após se casar com Ênio Gonçalves, seu par romântico na novela “Xeque Mate” (1976), com quem teve duas filhas. Mas continuou a fazer sucesso em novelas, chegando à Globo em 1983, onde atuou nas minisséries “Moinhos de Vento” (1983) e “Tenda dos Milagres” (1986) e nas novelas “Champagne” (1983) e “Vale Tudo” (1988), recentemente reprisada no Canal Viva, em que interpretou Marisa, a amiga de Raquel (Regina Duarte) de Foz do Iguaçu. Ainda participou de novelas na Bandeirantes, na Record e na Manchete, onde integrou o elenco de “Dono Beja”. Até encerrar a carreira na minissérie “Labirinto”, da Globo, em 1998. A atriz também atuou em peças como “Quarto de Empregada” e “Freud, Além da Alma”, e foi professora de Teatro e História do Teatro em universidades de São Paulo, mas já estava aposentada.

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