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Diretor de “Força Aérea Um” e “Troia”, Wolfgang Petersen morre aos 81 anos
O diretor alemão Wolfgang Petersen, que marcou época em filmes como “O Barco: Inferno no Mar”, “A História Sem Fim”, “Na Linha de Fogo”, “Força Aérea Um” e “Troia”, morreu na sexta-feira (12/8) em sua residência em Brentwood, na Califórnia, de câncer no pâncreas aos 81 anos de idade. A notícia foi confirmada por sua produtora nesta terça (16/8), que revelou que ele estava ao lado de sua esposa Maria Antoinette, com quem foi casado por 50 anos. Wolfgang Petersen começou a carreira na TV alemã em 1965. Enquanto trabalhava na popular série policial “Tatort”, conheceu o ator Jurgen Prochnow, que se tornaria figura frequente em seus primeiros filmes. Prochnow estrelou todos os três filmes alemães do diretor, incluindo o drama em preto e branco “A Consequência” (1977), que adaptou o romance autobiográfico de Alexander Ziegler sobre amor homossexual e foi considerado tão radical na época que, quando entrou na janela televisiva, as redes de TV da Alemanha Ocidental se recusaram a exibi-lo. O ator também foi o capitão do U-boat no hoje clássico suspense naval “O Barco: Inferno no Mar” (Das Boot, 1981). A trama claustrofóbica, passada a bordo de um submarino durante a 2ª Guerra Mundial, foi indicada a seis Oscars – um número enorme para um filme estrangeiro – incluindo dois para Petersen, nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Direção. Graças ao impacto do filme, Petersen passou a ser requisitado por Hollywood, trocando sua carreira no cinema autoral alemão por aventuras com orçamentos de blockbusters. Seu primeiro filme americano foi “A História sem Fim”, uma fantasia infantil sobre o poder da imaginação lançada em 1984 que marcou época e ainda é frequentemente citada em “Stranger Things”. Sucesso de bilheteria, ganhou sequência seis anos depois com direção de George Miller (o pai de “Mad Max”). Em vez de ficar preso à franquia, Petersen buscou variar seu repertório com “Inimigo Meu” (1981), sci-fi passada em outro mundo, que era basicamente uma versão de “Inferno no Pacífico” (1968) com alienígena. Mas seu nicho em Hollywood acabou não sendo o cinema fantasioso. Ele acabou se consagrando como diretor de filmes de ação. Ao longo de uma década, Petersen emplacou cinco hits consecutivos com muita tensão: “Na Linha de Fogo” (1993), em que Clint Eastwood viveu um agente do Serviço Secreto, “Epidemia” (1995), com Dustin Hoffman tentando impedir a propagação de ebola no mundo, “Força Aérea Um” (1997), que trouxe Harrison Ford contra terroristas no avião presidencial, “Mar em Fúria” (2000), onde George Clooney e Mark Wahlberg são vítimas de uma tempestade brutal no oceano, e “Troia” (2004), com Brad Pitt no papel de Aquiles durante a Guerra de Troia. Este período bem-sucedido, que o tornou um dos diretores mais requisitados para filmes com cenas de ação, chegou a um fim súbito com o fracasso de “Poseidon” (2006), remake dispendioso de um dos maiores blockbusters de desastres dos anos 1970. Custou US$ 160 milhões em produção e gerou bilheteria mundial de US$ 182 milhões, resultando em uma enorme perda para a Warner Bros. e encerrou, abruptamente, a carreira de Peterson em Hollywood. O cineasta só voltou para trás das câmeras uma década depois na Alemanha, quando lançou “Quatro Contra o Banco” (2016), uma comédia criminal modesta com elenco alemão que completou sua filmografia. Apesar da má vontade dos estúdios após “Poseidon”, Peterson era muito querido entre seus colegas e admirado pelos atores com quem trabalhou, incluindo Clint Eastwood, Harrison Ford, George Clooney, Brad Pitt, Rene Russo, Glenn Close, Mark Wahlberg, Dustin Hoffman e Morgan Freeman. Seu legado continua a ser explorado até hoje pela TV alemã, que transformou “O Barco: Inferno no Mar” numa série de sucesso lançada em 2018 e que já rendeu três temporadas premiadas – a mais recente em 2022.
Lizzy Caplan vai estrelar minissérie baseada no filme O Barco: Inferno no Mar
O canal pago europeu Sky anunciou a produção de uma minissérie baseada no filme clássico “O Barco: Inferno no Mar”. A trama está sendo apresentada como uma continuação do longa de Wolfgang Petersen, por sua vez baseado num livro de Lothar G. Buchheim. “Esta nova produção, apoiada por um roteiro tremendo, um elenco aclamado, equipe internacional, locações deslumbrantes e um orçamento grandioso, mais comumente associado a filmes, será uma sequência digna do trabalho icônico no qual se inspira”, disse a produtora Jenna Santoianni, no comunicado do anúncio da série. Com oito episódios, a atração intitulada “Das Boat” vai acompanhar a tripulação de um submarino alemão e a ação da resistência francesa em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial. O elenco destaca Rick Okon (“Romeos”) como o capitão do submarino do título e Lizzy Caplan (série “Masters of Sex”) como uma integrante da resistência. Também fazem parte da produção August Wittgenstein (série “The Crown”), Vicky Krieps (“Hanna”), Jonathan Zaccaϊ (“Robin Hood”), Leonard Scheicher (“Finsterworld”) e Robert Stadlober (“Tempestade de Verão”). Todos os episódios serão dirigidos pelo cineasta alemão Andreas Prochaska (“O Vale Sombrio”), visando uma estreia na temporada de outono europeu. A Sky irá transmitir a série no Reino Unido, Alemanha e Itália.
Diretor de Uma História sem Fim e Troia volta a filmar após 10 anos
O cineasta alemão Wolfgang Petersen, responsável por sucessos como “Um História sem Fim” (1984), “Força Aérea Um” (1997) e “Troia” (2004), prepara seu retorno, após passar uma década afastado do cinema. Segundo o site Variety, ele vai dirigir um remake do filme alemão “Vier Gegen die Bank”, de 1976. A produção é uma espécie de “Onze Homens e um Segredo”, que acompanha quatro protagonistas: um veterano lutador de boxe, um publicitário raivoso, um ator e conselheiro de investimentos, que decidem se unir para recuperar o dinheiro de suas poupanças, roubados por um diretor de banco na Alemanha. O último filme de Peterson foi o desastre “Poseidon” (2006). Em entrevista coletiva para anunciar o novo projeto, ele explicou que seu afastamento foi opção de Hollywood, que tem priorizado cineastas mais jovens em adaptações de quadrinhos. Tanto que, para voltar a filmar, precisou retornar à Alemanha. Ele não fazia um filme alemão desde o cultuado “O Barco: Inferno no Mar” (1981). As filmagens estão previstas para começar no final de novembro para um lançamento previsto para o Natal de 2016.



