Disney anuncia suas primeiras séries europeias de streaming
A Disney anunciou nesta segunda (16/2) a produção dos primeiros conteúdos originais europeus para suas plataformas de streaming. Serão 10 programas desenvolvidos na França, Itália, Alemanha e Holanda, incluindo os primeiros projetos para a vindoura Star+ (Star Plus), versão internacional da Hulu, que respondem por oito títulos do total. A lista europeia inclui uma mistura de dramas, fantasias, comédias e documentários, que destaca as séries “The Good Mothers”, sobre mulheres mafiosas, produzida pela empresa italiana Wildside (“We Are Who We Are” da HBO), a fantasia “Parallels”, criada por Quoc Dang Tran (o escritor por trás da série de terror francesa “Marianne” da Netflix), e “Sam – A Saxon”, história do primeiro policial negro da Alemanha Oriental, escrita por Jörg Winger (criador da premiada “Deutschland 83”). Entre as comédia, a Disney+ (Disney Plus) vai retomar a série italiana “Boris” (foto acima), originalmente da Fox, após três temporadas anteriores e um longa-metragem. Liderada por Diego Londono (ex-Fox), vice-presidente executivo de redes de mídia e conteúdo da Disney na EMEA (Europa, Oriente Médio e África), e Liam Keelan (ex-BBC), vice-presidente de conteúdo original na região, a iniciativa europeia da Disney buscou atrair produtores de peso e espera lançar seus primeiros programas ainda em 2021. Em comunicado, Londono disse que a Europa é uma “potência criativa” e os projetos locais ajudarão a Disney+ a se tornar um “destino certo” para o público. Keelan acrescentou: “Nossa oferta europeia inicial ressalta o compromisso regional da Disney com talentos diferenciados e excepcionais, refletindo nosso desejo de trabalhar com os melhores contadores de histórias da indústria”. O lançamento da Star+ deu à dupla mais flexibilidade em termos dos tipos de programas que podem encomendar, embora o mercado adulto seja muito mais competitivo, com Netflix, Amazon e Apple brigando por séries internacionais de alto nível. Além dos programas anunciados, a Disney sinalizou intenção de lançar originais da Espanha e Reino Unido, além de investir mais em produções da Alemanha. O plano é, em última instância, ultrapassar a meta de produção de 50 séries internacionais originais até 2024, anunciada durante o Dia do Investidor no ano passado. Este montante, porém, não é exclusivo da Europa e também conta com produções de outros mercados, como a América Latina.
Vida de Audrey Hepburn vai virar série dos produtores de A Amiga Genial
A vida de uma das atrizes mais glamourosas de Hollywood vai virar série. Audrey Hepburn, estrela de clássicos como “Bonequinha de Luxo” (1961), “Sabrina” (1954) e “Cinderela em Paris” (1957), terá sua trajetória contada numa atração desenvolvida pela produtora italiana Wildside – responsável pelas séries “A Amiga Genial” e “O Jovem Papa”, ambas realizadas em parceria com o canal pago americano HBO. O roteiro é de Luca Dotti, um dos filhos de Hepburn, que está escrevendo a série em parceria com o jornalista italiano Luigi Spinola. Dotti é filho de um dos dois casamentos de Hepburn, com o psiquiatra italiano Andrea Dotti – o casal ficou junto entre 1969 e 1982. Hepburn teve uma das carreiras mais impressionantes de Hollywood. Nascida na Bélgica, ela se destacou como modelo na Europa antes de virar sensação no cinema, vencendo o Oscar em seu primeiro papel de protagonista, em “A Princesa e o Plebeu” (1953). Ela foi indicada mais quatro vezes ao troféu da Academia e acabou recebendo um prêmio especial por seu trabalho beneficente, entregue postumamente ao outro filho da atriz, Sean Hepburn Ferrer. Belíssima, marcou época por ditar moda, sendo a principal responsável pela popularização do visual “pretinho básico”, a roupa preta que fica bem sempre. Modelo favorita de Givenchy, sua elegância e vestidos de alta-costura tiveram impacto enorme na forma como as estrelas de cinema passaram a se relacionar com o mundo da moda, transformando o tapete vermelho das premières em passarelas de grifes. Mas nem todo o glamour do mundo lhe deu fama de frívola. Ao contrário. Adorava papéis que a tirassem da zona de conforto. Muitos esquecem que a protagonista de “Bonequinha de Luxo” era uma prostituta. E que ela foi pioneira ao abordar a intolerância contra homossexuais na tela, ao estrelar “Infâmia” (1961), como uma professora acusada de ter um relacionamento lésbico com Shirley MacLaine. A partir dos anos 1970, Hepburn passou a se dividir entre o cinema e seu trabalho com a Unicef, onde também foi pioneira ao usar sua imagem de estrela em prol de uma causa humanitária, promovendo um fundo monetário que ajudava crianças em situação de extrema pobreza na África e na América Latina. O último filme da atriz foi “Além da Eternidade”, lançado em 1989, onde foi dirigida por Steven Spielberg. Hepburn morreu em 1993, aos 63 anos, após uma breve batalha contra o câncer.

