Netflix teria pago US$ 100 milhões para manter Friends em seu catálogo
A notícia de que “Friends” poderia sair do catálogo da Netflix na virada do ano gerou protestos entre os fãs da série clássica, que até hoje maratonam as “reprises”, e a repercussão levou a plataforma a fazer uma loucura. De acordo com uma reportagem do The New York Times publicada na terça (3/12), a plataforma resolveu desembolsar nada menos que US$ 100 milhões para manter “Friends” em seu catálogo pelo próximo ano. O valor é mais que o triplo dos US$ 30 milhões pagos anteriormente à WarnerMedia, dona dos direitos da série, para exibir originalmente a atração. Segundo o New York Times, o acordo entre a Netflix e a AT&T, que comprou a Warner em junho deste ano, seria encerrado em dezembro, e as empresas já renegociavam os direitos da série há alguns meses. Pois o martelo foi batido neste começo de mês. Mas os valores do negócio podem ter sido menores que os noticiados pelo NYT. Fontes ouvidas pela revista The Hollywood Reporter estimam que o acordo custou entre US$ 70 e 80 milhões. De todo modo, bem mais caro que a cessão original dos direitos de exibição. Além disso, o acordo também dá à WarnerMedia o direito de exibir “Friends” simultaneamente em seu novo serviço de streaming, que deverá ser lançado em 2019 para concorrer, justamente, com a Netflix. Exibida nos EUA entre 1994 e 2004, a série acabou no auge da popularidade, o que lhe manteve como uma das mais adoradas da história da televisão norte-americana. Embora a Netflix não divulgue dados, especula-se que “Friends” seja a série mais vista do catálogo de produtos licenciados da plataforma. Para se ter noção da importância dispensada à série, após o negócio a Netflix Brasil publicou um tuíte para acalmar os ânimos dos fãs brasileiros, que também ficaram ansiosos com os boatos de despedida da série do streaming. “‘Friends’ não vai sair, gente. Podem maratonar à vontade”, pronunciou-se a empresa. Friends não vai sair, gente. Podem maratonar à vontade. — Netflix Brasil (@NetflixBrasil) 3 de dezembro de 2018
WarnerMedia anuncia nova plataforma de streaming para 2019
A WarnerMedia pretende lançar uma nova plataforma de streaming em 2019, para disputar espaço com os já anunciados produtos da Disney e da Apple, tornando o mercado dominado pela Netflix ainda mais competitivo. O anúncio foi feito pelo presidente do conglomerado, John Stankey, que assumiu o cargo após a AT&T comprar a Time Warner e mudar o nome da empresa. Stankey disse que o serviço oferecerá aos assinantes acesso à ampla coleção de filmes, programas de televisão e animações da empresa, complementando iniciativas como HBO Now, DirecTV Now e a recém-lançada DC Universe. “Esperamos criar um produto tão atraente que ajudará os distribuidores a aumentar a penetração de seus pacotes atuais e nos ajudar a alcançar com sucesso mais clientes”, disse Stankey em um comunicado. O objetivo é explorar todo o potencial do catálogo da Warner, pelo qual a AT&T desembolsou mais de US$ 100 bilhões. Este catálogo também inclui programas originais de emissoras como TNT, TBS, CNN, Cartoon Network e CW. Ainda não há detalhes sobre o projeto, nem mesmo básicos como nome, preço e previsão de chegada. Por isso, não está claro como o novo serviço vai funcionar em conjunto com os já existentes do conglomerado. A nova WarnerMedia é grande entusiasta da iniciativa do DC Universe. É possível que a empresa esteja planejando incorporar uma estratégia da TV paga e oferecer assinaturas por pacotes, com acesso a diferentes “canais” de streaming. A AT&T é originalmente uma empresa de tecnologia da comunicação especializada em fornecimento de internet de banda larga e também de pacotes de assinaturas da TV paga, via sua subsidiária DirecTV.
AT&T muda o nome da Time Warner para WarnerMedia
A Time Warner já mudou de nome e de direção sob o comando da AT&T. A empresa, que inclui a HBO, Turner, a editora DC e o estúdio Warner Bros., foi rebatizada de WarnerMedia em um memorando distribuído aos funcionários pelo novo presidente da companhia nesta sexta-feira (15/6). A empresa de telecomunicações finalizou a compra da Time Warner na quinta-feira (14/6) depois de uma prolongada batalha antitruste com o governo dos Estados Unidos. Com isso, já começaram as mudanças internas na empresa, com o afastamento de diversos executivos da cúpula da Warner Bros. e da Turner. O presidente da nova WarnerMedia é John Stankey, um executivo da AT&T, que em seu memorando prometeu manter a autonomia criativa da HBO, Turner e Warner Bros., trabalhando em parceria com essas divisões da companhia para realizar o objetivo principal do negócio. O acordo, anunciado originalmente em 2016, permitirá que a AT&T alie novas ofertas de conteúdo em TV e streaming, junto com seus serviços principais de provedora de TV paga e banda larga. O novo nome enfatiza como a AT&T enxerga sua aquisição, como fonte de conteúdo de mídia. Mas também confirma o fim de uma era. Vale lembrar que o nome Time Warner foi estabelecido em 1989, quando editora Time Inc., que publicava a Time e outras revistas, fundiu-se com a Warner Communications, uma empresa de filmes, música e TV paga, formando a Time Warner – então o maior conglomerado de mídia e entretenimento do mundo. Mas a chegada da internet tornou o negócio impresso deficitário, levando a empresa a ser dividida e vendida, a ponto de a única parte da Time que ainda permanecia no grupo estava em seu próprio nome. A editora de revistas foi adquirida no ano passado pela Meredith Inc. A Time Warner Cable foi vendida em 2016 para a gigante Charter Communications Inc. E a ironia é que até mesmo a própria revista Time está perto de ser vendida novamente pela Meredith, tamanha é a crise atual das publicações impressas. Em seu memorando, Stankey disse que a AT&T decidiu mudar o nome não apenas por a empresa não ter mais nada a ver com a Time, mas porque as pessoas ainda confundiam a Time Warner, empresa de mídia, com a Time Warner, a antiga empresa de TV paga do grupo, embora a Charter a tenha renomeado como Spectrum ao comprá-la em 2016. “Nossa pesquisa de consumo sugere que essa confusão não vai desaparecer tão cedo”, disse ele, no texto que justificou a mudança.


