Disney deve ter prejuízo milionário com baixa bilheteria de “A Pequena Sereia”
A Walt Disney Company pode enfrentar um alto prejuízo com o remake live-action de “A Pequena Sereia”. Devido à baixo bilheteria internacional e a queda de arrecadação na sua segunda semana em cartaz, o longa pode causar uma perda milionária ao estúdio. Apenas o orçamento do filme, sem considerar os gastos com a divulgação, teve um custo de US$ 250 milhões. Conforme os dados do Box Office Mojo, o longa arrecadou cerca de US$ 327 milhões no mundo todo até o momento. Desse valor, foram US$ 186 milhões nos Estados Unidos e no Canadá, enquanto internacionalmente o longa arrecadou apenas US$ 141 milhões. Embora o filme tenha tido um desempenho relativamente bom nas bilheterias domésticas, os números internacionais são preocupantes para especialistas. De acordo com o Deadline, além do custo da produção, “A Pequena Sereia” gastou mais de US$ 140 milhões em campanhas de marketing ao redor do mundo, totalizando um custo de aproximadamente US$ 400 milhões. Considerando que os cinemas normalmente ficam com cerca de 50% da venda de cada ingresso, a receita precisaria atingir US$ 800 milhões para não sair no prejuízo. “Não é uma grande decepção, mas ainda assim uma decepção”, disse um especialista financeiro de cinema ao site Deadline. Apesar da estreia bem sucedida nos Estados Unidos, arrecadando US$ 118 milhões em apenas quatro dias, o desempenho internacional do longa neste mesmo período foi de apenas US$ 68 milhões. Dessa forma, o filme protagonizado por Halle Bailey (“Grown-ish”) deve fazer mais sucesso dentro dos Estados Unidos e Canadá do que ao redor do mundo. Mercado chinês encolheu Nos últimos anos, outros remakes em live-action da Disney tiveram um desempenho bastante diferente de “A Pequena Sereia”. No caso de “Aladdin”, o longa com Will Smith (“King Richard”) arrecadou uma receita mais baixa na abertura doméstica, atingindo US$ 116 milhões. Por outro lado, o filme arrecadou US$ 1,05 bilhão em todo o mundo, sendo 66% desse valor gerado internacionalmente. “Aladdin” também contou com US$ 53,4 milhões nas bilheterias da China, onde “A Pequena Sereia” arrecadou apenas US$ 3,6 milhões em seus primeiros 10 dias. Segundo o The Hollywood Reporter, fontes próximas ao estúdio e analistas de bilheteria, dizem que a Disney sabia que o filme enfrentaria desafios em territórios como a China e a Coreia do Sul, mas ficou surpresa com a reação negativa do público. Devido ao comportamento conservador mais exacerbado, o longa foi massacrado nesses territórios pela reação racista sobre a escalação de uma atriz negra para o papel de Ariel. É importante relevar que, após a pandemia, os filmes norte-americanos passaram a lucrar muito menos no território chinês. Grandes produções como “Velozes e Furiosos 10” e “Guardiões da Galáxia Vol.3” arrecadaram cerca de US$ 125 milhões e US$ 78 milhões, respectivamente. Em comparação aos seus antecessores, houve uma queda drástica nas receitas. Enquanto “Velozes e Furiosos 9” (2021) arrecadou US$ 217 milhões e “Velozes e Furiosos 8” (2017), US$ 392,8 milhões, o longa da Marvel “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (2017) atingiu US$ 100 milhões no território chinês. Apesar disso, a Disney espera arrecadar, pelo menos, US$ 260 milhões internacionalmente, enquanto atinge entre US$ 300 e US$ 350 milhões nas bilheterias domésticas. Considerando as circunstâncias atuais, essa probabilidade parece um cenário excessivamente otimista, de acordo com especialistas. E ainda assim renderia prejuízo para o estúdio. “A Pequena Sereia” estreou em 25 de maio e segue em cartaz nos cinemas brasileiros.
Disney removerá “Willow”, “Y” e 50 produções de seus streamings
A Walt Disney Company removerá diversos programas da Disney+ e da plataforma americana Hulu, cujo conteúdo é disponibilizado no Brasil pelo Star+. A chefe de finanças da empresa, Christine McCarthy, afirmou durante uma conferência de resultados financeiros que espera amortizar US$ 2 bilhões ao remover títulos com baixo desempenho dos serviços de streaming. Ela está seguindo os mesmos passos da Warner Bros. Discovery, revisando produções e removendo as que forem pouco rentáveis. No total, 50 programas serão deletados na primeira rodada de reduções. A imprensa afirma que a programação poderá estar disponível em outros lugares, como plataformas de venda digital. McCarthy observou que a Disney+ espera encontrar um prejuízo entre US$ 1,5 bilhão e US$ 1,8 bilhão em despesas referentes ao conteúdo que será removido. Entre os títulos roteirizados que sairão dos catálogos estão: “Y: O Último Homem”, “Pistol”, “Jovem Diaba”, “A Misteriosa Sociedade Benedict”, “Big Shot”, “Nós Somos os Campeões”, “Uma Dupla Quase Perfeita”, “Willow”, “Maggie: A Vidente” e “O Mundo Segundo Jeff Goldblum”. A medida é semelhante à tomada pela Warner Bros. Discovery, que retirou títulos da HBO Max, incluindo “Westworld”, “The Nevers”, “Generation”, “FBoy Island”, “Legendary”, “A Mulher do Viajante no Tempo”, “As Crônicas de Cucu”, “Raised by Wolves” e outros. O objetivo foi interromper o pagamento por títulos pouco rentáveis. Além disso, a empresa vendeu muitos desses mesmos programas às plataformas Roku e Tubi, por meio de uma série de acordos de licenciamento que ajudaram a monetizar a programação que não alcançou a audiência esperada. A estratégia da Disney não foi bem recebida pelos roteiristas e diretores. Entre os profissionais que reclamaram, está a showrunner de “Y: O Último Homem na Terra”, Eliza Clark (“Animal Kingdom”). “Bem, você se dedica a algo por anos, entrega sua alma e coração a isso, assim como centenas de outros artistas. Você o cria durante uma pandemia global, longe de casa. Então, é cancelado antes mesmo de ser concluído e ir ao ar”, tuitou Clark assim que soube da notícia. Phil Hay (“O Peso do Passado”), roteirista de “A Misteriosa Sociedade Benedict”, ironizou a decisão. “Se você gostaria de ver o belo trabalho de centenas de pessoas criativas no programa, tente fazê-lo antes de 26 de maio. Hollywood é isso hoje”, alfinetou. Um dos roteiristas de “Willow”, John Bickerstaff (“Grounded”), também se mostrou indignado. “Eles nos deram seis meses [no ar]. Nem mesmo isso. Este negócio tornou-se absolutamente cruel”, desabafou. Os títulos desaparecerão a partir de 26 de maio. Veja abaixo quais programas serão removidos. “America the Beautiful” “Rumo às Estrelas” “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” “Seja Nosso Chef” “A Batalha das Pizzas” “O Melhor da Neve” “O Grande Mentiroso” “Big Shot” “Beleza Negra: Uma Amizade Verdadeira” “Doze é Demais” “Clouds” “Diário de uma Futura Presidente” “Casamentos de Conto de Fadas Disney” “Dollface” “Da Terra para o Ned” “Tá Tudo uma M&rd@!” “Casamentos de Conto de Fadas Disney” “Comidas Inimagináveis” “Harmonious Ao Vivo” “É Uma Vida de Cão, com Bill Farmer” “Just Beyond” “Jovem Diaba” “Love In The Time Of Corona” “Maggie” “Magic Camp” “The Making Of Willow” “Nós Somos os Campeões” “Mais Que Robôs” “A Misteriosa Sociedade Benedict” “O Grande Ivan” “A Melhor Ideia” “Pentatonix: Volta ao Mundo” “Pick of the Litter” “Pistol” “The Premise” “A Princesa” “The Quest: A Missão” “Destinos Inesperados” “Rosalina” “Disney Jovens Construtores” “Stargirl” “Dublê de Risco” “Super/Natural” “Timmy Fiasco” “Uma Dupla Quase Perfeita” “Acredite, é Verdade!” “Willow” “Wolfgang” “O Mundo Segundo Jeff Goldblum” “Y: O Último Homem”

