Bingo – O Rei das Manhãs vai representar o Brasil no troféu Goya
O filme “Bingo – O Rei das Manhãs” foi o escolhido por uma comissão da Agência Nacional de Cinema (Ancine) para representar o Brasil no troféu Goya, principal premiação de cinema da Espanha. Dirigido por Daniel Rezende e estrelado por Vladimir Brichta, “Bingo” vai tentar uma vaga na categoria Melhor Filme Ibero-Americano. Ao todo, foram inscritos 23 filmes brasileiros para a indicação, entre eles os longas “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky, “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello, “Joaquim”, de Marcelo Gomes e “La Vingança”, de Fernando Fraiha. A comissão, formada por Amanda Aouad Almeida, Ana Julia Cury de Brito Cabral, André Sturm, Jorge Peregrino e Josiane Osório de Carvalho escolheu “Bingo” por considerar “ser uma obra cinematográfica com consistente marca autoral, força criativa ao apresentar um universo genuinamente brasileiro e capacidade de se comunicar com plateias de todo o mundo”. A seleção, no entanto, não garante que “Bingo” vá de fato ser indicado ao Goya. O processo é similar à escolha dos candidatos ao Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira, quando dezenas de países indicam seu representante para formar uma lista de cinco finalistas. Por curiosidade, o outro candidato de língua portuguesa, “São Jorge”, tem relação com o Brasil. O filme do português Marco Martins (de “Como Desenhar Um Círculo Perfeito”) acompanha um pugilista desempregado que, pressionado pela crise econômica europeia, divide-se entre a vontade da mulher de migrar para o Brasil e trabalhar no submundo do crime. O protagonista é interpretado por Nuno Lopes, que recentemente trabalhou no filme nacional “Joaquim”. “São Jorge” também foi selecionado para representar Portugal no Oscar. A 32ª Edição dos prêmios Goya vai acontecer em 3 de fevereiro, em Madri.
Bingo – O Rei das Manhãs é um baita filme
Daniel Rezende é pé quente. Seu primeiro filme como montador foi “Cidade de Deus” (2002). Já chegou com muita força, recebendo até indicação ao Oscar e um reconhecimento internacional que o levou a trabalhar com Terrence Malick, em “A Árvore da Vida” (2011). Sem falar em colaborações memoráveis em outros filmes marcantes de diretores brasileiros como Walter Salles, José Padilha, Laís Bodansky e novamente com Fernando Meirelles. Ser um editor de filmes de sucesso de público deve ter lhe dado uma sábia compreensão do que se deve fazer para que um filme flua bem. Em “Bingo – O Rei das Manhãs”, sua estreia na direção de longas-metragens, não parece haver nenhuma gordura. Tudo no filme está ali muito bem amarradinho. Difícil perder o interesse em algum momento. E não só porque é uma obra que fala de assuntos que interessam a quem viveu os anos 1980 e assistia ao programa do Bozo – embora tenha um sabor especial para quem testemunhou aqueles anos de exageros. “Bingo” tem uma estrutura mais clássica e um acabamento profissional que lembra bastante o cinema americano. Mas é, sim, um filme conceitualmente brasileiro, como foi a transformação do palhaço gringo Bozo em “coisa nossa”, como o Sílvio Santos, a Aracy de Almeida e o Pedro de Lara. Até a mudança do nome do palhaço para Bingo, por questões de direitos, contou para a “abrasileiração”, além de ampliar a liberdade da adaptação. Todos os personagens, à exceção de Gretchen (Emanuelle Araújo, de “S.O.S.: Mulheres ao Mar”), são tratados por outros nomes. Arlindo Barreto, o verdadeiro personagem da história, virou Augusto Mendes, vivido de maneira inspirada por Vladimir Brichta (“Muitos Homens num Só”). O fato de “Bingo” trafegar por caminhos sombrios é outro aspecto atraente. Até dá pra entender o fato de ter sido a Warner a distribuidora do filme aqui, já que é uma empresa que tem raízes nos filmes de gângster e nunca se desvencilhou totalmente dessa linha mais dark – inclusive, produziu o vindouro terror de palhaço “It: A Coisa”. Por sinal, “Bingo” também explora como a figura do palhaço pode despertar medo em algumas pessoas. E isso se reflete numa cena tão forte que leva a questionar se aquilo aconteceu de verdade com o Arlindo no SBT. Na trama, Augusto Mendes é um ator de pornochanchada que está separado da esposa e tem uma relação muito próxima com o filho. Logo no começo do filme, o menino até chega a flagrar um pouco o trabalho do pai dentro daquele universo, numa época em que o cinema brasileiro era uma versão nua, crua e mais desbocada da dramaturgia que hoje é representada nas telenovelas da Globo. Inclusive, era possível ver algumas das atrizes globais nuas em determinados filmes. Isso fazia parte da graça da época e é representado no filme na figura da ex-esposa de Augusto. As coisas ficam mais interessantes para o protagonista quando ele, depois de se sentir humilhado com uma ponta em uma novela da Rede Globo (no filme, Mundial), vai parar, sem querer, no teste para ser o palhaço Bingo, em uma das apostas mais caras do SBT, que aqui aparece com outro nome também. E é com sua inteligência e astúcia que ele consegue não só tirar sarro do produtor gringo, como mostrar, à sua maneira, que era preciso adaptar as piadas para o Brasil, se quisesse arrancar o riso e conquistar as crianças. Mas o que mais encanta no filme é o quanto esse universo de programa infantil é tratado como uma fachada para a vida louca de Augusto, que bebia e cheirava muito nos bastidores, além de se envolver em orgias e desfrutar das loucuras que o dinheiro podia comprar. Talvez o ponto fraco do filme seja ter quase que uma obrigação de fazer um arco dramático para redimir o personagem, embora isso seja perfeitamente coerente com um tipo de cinema mais comercial – sem querer colocar nenhuma carga pejorativa no termo. Os ingredientes que mais divertem e emocionam são as inúmeras referências pop dos anos 1980. Não apenas à televisão, mas ao comportamento da época e as canções escolhidas, com muita new wave brasileira, mas também duas lindas faixas do Echo and the Bunnymen. O que não quer dizer que também não haja uma trilha sonora original ótima, que se destaca principalmente nos momentos mais dramáticos e sombrios do filme. Claro que é possível encontrar alguns problemas nas interpretações e no roteiro, mas são coisas que podem ser relevadas diante de um todo brilhante. É um baita filme. Embora o maior mérito seja de Rezende, a produção está repleta de técnicos ilustres: Lula Carvalho (“As Tartarugas Ninja”) como diretor de fotografia, Luiz Bolognesi (“Como Nossos Pais”) como roteirista, Marcio Hashimoto (“O Filme da Minha Vida”) como montador, Cassio Amarante (“Xingu”) na direção de arte, além de um elenco de apoio muito bom – como esquecer da cena do Brichta com a Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”) em um restaurante? Aliás, como esquecer tantas cenas memoráveis de “Bingo”? É o tipo de filme que merece ser visto e revisto, algo raríssimo entre os lançamentos do cinema nacional.
Wagner Moura tenta roubar papel de Vladimir Brichta em vídeo de Bingo, O Rei das Manhãs
A Warner divulgou um vídeo promocional diferente do filme “Bingo: O Rei das Manhãs”. Disfarçado de “making of”, o vídeo é uma esquete de humor, que brinca com uma puxada de tapete no ator Vladimir Brichta (“Muitos Homens num Só”). Ao entrar em seu camarim, Britcha se depara com Wagner Moura (série “Narcos”) se maquiando para assumir o personagem do Bingo nas filmagens. Argumentando que o papel foi criado para ele e que sua agenda abriu com a morte de seu personagem (em “Narcos”), Moura vai tornando a situação cada vez mais incômoda. Ao final, quando vai reclamar com o diretor, Brichta encontra outro ator fantasiado de Bingo, ensaiando assumir o papel: Lázaro Ramos. Apesar do que insinua o vídeo, Brichta tem impressionado nos trailers da produção. Na trama, ele vive Augusto, personagem inspirado na vida de Arlindo Barreto. Assim como o homem real por trás da maquiagem do Bozo, Augusto é um artista que sonhava com seu lugar sob os holofotes. A grande chance surge ao se tornar “Bingo”, um palhaço apresentador de programa infantil na televisão, que é sucesso absoluto. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara, o que faz de Augusto, o “Rei das Manhãs”, o anônimo mais famoso do Brasil. Com um humor ácido e uma narrativa surreal, o filme recria os anos 1980 num mix escandaloso de sexo, drogas e programa infantil. O filme marca a estreia na direção de Daniel Rezende, o premiado montador indicado ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002). O roteiro é de Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças” e “Uma História de Amor e Fúria”), a fotografia de Lula Carvalho (“As Tartarugas Ninja”, “Robocop”) e o elenco ainda inclui Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), Emanuelle Araújo (novela “Gabriela”), Tainá Müller (“O Duelo”), Augusto Madeira (“Malasartes e o Duelo com a Morte”), o dinamarquês Soren Hellerup (“Meu Amigo Hindu”) e até o ex-apresentador do “Big Brother Brasil” Pedro Bial. A estreia está marcada para 24 de agosto.
Sonia Braga vai participar de nova série de comédia da Globo
A próxima série cômica da Globo, “Cidade Proibida”, contará com participações especiais de um elenco feminino de peso. Segundo a coluna Outro Canal da Folha de S. Paulo, Sonia Braga, Claudia Abreu, Andrea Beltrão, Tais Araújo, Giovanna Antonelli, Mariana Ximenes, Letícia Colin e Débora Nascimento já são nomes confirmados. “Cidade Proibida” se passa no Rio de Janeiro dos anos 1950 e toda semana contará uma investigação diferente do detetive particular Zózimo Barbosa, vivido por Vladimir Brichta. Ex-policial, ele vira detetive especializado em investigar casos extraconjugais. Os personagens fixos incluem a prostituta Marli (Regiane Alves), o violento delegado Paranhos (Ailton Graça) e o malandro e sedutor profissional Bonitão (José Loreto). Criada por Mauro Wilson e Maurício Farias, que também assina a direção, a série terá 12 episódios que começam a ser gravados nesta semana, com estreia prevista para setembro.
Bingo: O Rei da Manhã ganha novo trailer alucinante para maiores
A Warner divulgou um novo trailer alucinante de “Bingo: O Rei das Manhãs”, desta vez para maiores de idade, com mais cenas de conteúdo sexual. Trata-se de uma história de palhaço que definitivamente não é para crianças. Parte comédia e parte cinebiografia, o filme recria a trajetória de Bozo e, pela prévia, a única concessão parece ter sido a mudança do nome do protagonista, já que Gretchen permanece Gretchen. “Bingo: O Rei das Manhãs” marca a estreia na direção de Daniel Rezende, o premiado montador indicado ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), e traz Vladimir Brichta (“Muitos Homens num Só”) impressionante no papel de Augusto, personagem inspirado na vida de Arlindo Barreto, o Bozo. Na trama, Augusto é um artista que sonha com seu lugar sob os holofotes. A grande chance surge ao se tornar “Bingo”, um palhaço apresentador de programa infantil na televisão, que é sucesso absoluto. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara, o que faz de Augusto, o “Rei das Manhãs”, o anônimo mais famoso do Brasil. Com um humor ácido e uma narrativa surreal, o filme recria os anos 1980 num mix escandaloso de sexo, drogas e programa infantil. O roteiro é de Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças” e “Uma História de Amor e Fúria”), a fotografia de Lula Carvalho (“As Tartarugas Ninja”, “Robocop”) e o elenco ainda inclui Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), Emanuelle Araújo (novela “Gabriela”), Tainá Müller (“O Duelo”), Augusto Madeira (“O Escaravelho do Diabo”), o dinamarquês Soren Hellerup (“Meu Amigo Hindu”) e até o ex-apresentador do “Big Brother Brasil” Pedro Bial. A estreia está marcada para 24 de agosto.
Novo trailer de Bingo: O Rei das Manhãs é divertido, perturbador e ousado
Esqueça Pennywise, o palhaço do terror “It – A Coisa”. O filme de palhaço assustador mais promissor do ano acaba de ganhar um novo trailer. Se a primeira prévia superava expectativas, a segunda deixa claro que “Bingo: O Rei das Manhãs” está além do que o cinema nacional tem apresentado, tanto em suas comédias quanto em suas cinebiografias. E o filme é uma combinação de ambas: parte comédia e parte cinebiografia, com uma execução tão perturbadora que merece atenção. Durante a pré-produção, o projeto era conhecido como o filme do palhaço Bozo. Mas a mudança do nome do protagonista não é para ser lamentada. Pela prévia, fica claro que o filme não faz concessões, o que é facilitado pela licença criativa, permitida pelo uso de nomes fictícios, embora Gretchen tenha permanecido Gretchen. Com cenografia e figurino que reconstituem fielmente a época, o longa ensaia um mix escandaloso de sexo, drogas e programa infantil. “Bingo: O Rei das Manhãs” marca a estreia na direção de Daniel Rezende, o premiado montador indicado ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), e traz Vladimir Britcha (“Muitos Homens num Só”) impressionante no papel de Augusto, personagem inspirado na vida de Arlindo Barreto, o Bozo. Na trama, Augusto é um artista que sonha com seu lugar sob os holofotes. A grande chance surge ao se tornar “Bingo”, um palhaço apresentador de programa infantil na televisão, que é sucesso absoluto. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara, o que faz de Augusto, o “Rei das Manhãs”, o anônimo mais famoso do Brasil. Com muita ironia e humor ácido, ambientado numa roupagem pop e exagerada dos bastidores da televisão nos anos 1980, o filme conta essa incrível e surreal trajetória de um homem em busca do reconhecimento da sua arte. O roteiro é de Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças” e “Uma História de Amor e Fúria”), a fotografia de Lula Carvalho (“As Tartarugas Ninja”, “Robocop”) e o elenco ainda inclui Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), Emanuelle Araújo (novela “Gabriela”), Tainá Müller (“O Duelo”), Augusto Madeira (“O Escaravelho do Diabo”), o dinamarquês Soren Hellerup (“Meu Amigo Hindu”) e até o apresentador do “Big Brother Brasil” Pedro Bial. “Bingo – O Rei das Manhãs” tem estreia prevista para 24 de agosto.
Bingo – O Rei das Manhãs ganha clipe com marchinha de carnaval imprópria
O filme “Bingo – O Rei das Manhãs” ganhou um clipe em ritmo de carnaval. Disponibilizado pela Warner, mostra o personagem do título, um palhaço televisivo claramente inspirado em Bozo, cantando e dançando uma marchinha de carnaval, que faz alusões ao consumo de cocaína e à atividades sexuais. O humor impróprio do vídeo segue a proposta do filme, um mix escandaloso de sexo, drogas e programa infantil baseado na história real de Arlindo Barreto, intérprete brasileiro do palhaço Bozo. O longa marca a estreia na direção de Daniel Rezende, o premiado montador indicado ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), e traz Vladimir Britcha (“Muitos Homens num Só”) no papel de Augusto, o homem sob a fantasia do palhaço Bingo No roteiro de Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças” e “Uma História de Amor e Fúria”), Augusto é um artista que sonha com seu lugar sob os holofotes. A grande chance surge ao se tornar Bingo, um palhaço apresentador de um programa infantil na televisão que é sucesso absoluto nos anos 1980. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara, o que faz de Augusto, o “Rei das Manhãs”, o anônimo mais famoso do Brasil. E isto lhe acarreta uma enorme frustração, com consequências trágicas. O elenco ainda inclui Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), Emanuelle Araújo (novela “Gabriela”) e até o apresentador do “Big Brother Brasil” Pedro Bial. “Bingo – O Rei das Manhãs” tem estreia prevista para 24 de agosto.
Trailer de Bingo: O Rei das Manhãs, inspirado no palhaço Bozo, supera expectativas
A Warner divulgou o primeiro trailer de “Bingo: O Rei das Manhãs”. E a primeira coisa que chama atenção é o título. Durante a pré-produção, o projeto era conhecido como cinebiografia do palhaço Bozo. Mas a mudança não é para ser lamentada. Pela prévia, fica claro que o filme não faz concessões, o que é facilitado pela licença criativa, permitida pelo uso de nomes fictícios. De fato, o trailer supera expectativas, com cenografia e figurino que reconstituem fielmente a época, ao mesmo tempo em que ensaia um mix escandaloso de sexo, drogas e programa infantil. O filme marca a estreia na direção de Daniel Rezende, o premiado montador indicado ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), e traz Vladimir Britcha (“Muitos Homens num Só”) no papel de Augusto, personagem inspirado na vida de Arlindo Barreto, o Bozo. Na trama, Augusto é um artista que sonha com seu lugar sob os holofotes. A grande chance surge ao se tornar “Bingo”, um palhaço apresentador de um programa infantil na televisão que é sucesso absoluto. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara, o que faz de Augusto, o “Rei das Manhãs”, o anônimo mais famoso do Brasil. Com muita ironia e humor ácido, ambientado numa roupagem pop e exagerada dos bastidores da televisão nos anos 1980, o filme conta essa incrível e surreal trajetória de um homem em busca do reconhecimento da sua arte. O roteiro é de Luiz Bolognesi (“Bicho de Sete Cabeças” e “Uma História de Amor e Fúria”), a fotografia de Lula Carvalho (“As Tartarugas Ninja”, “Robocop”) e o elenco ainda inclui Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), Emanuelle Araújo (novela “Gabriela”) e até o apresentador do “Big Brother Brasil” Pedro Bial. “Bingo – O Rei das Manhãs” tem estreia prevista para agosto de 2017.
Um Homem Só consegue ir além do pastiche da comédia fantástica
Bem como a maioria de nós, Arnaldo (Vladimir Brichta, de “Muitos Homens Num Só”) é um sujeito sufocado por um cotidiano banal, não encontrando em suas tarefas padronizadas algum respiro para repensar o que o importuna e qual a melhor maneira de agir. Os seus incômodos vão desde um casamento no piloto automático com Aline (Ingrid Guimarães, numa personagem ainda mais antipática que a Nena de “Um Namorado Para Minha Mulher”) até o emprego burocrático no qual o único alívio é a amizade com Mascarenhas (Otávio Muller, de “O Gorila”). Ao usar o banheiro privativo do seu trabalho, Arnaldo ouve uma conversa sobre uma clínica secreta capaz de clonar pessoas. O intento do procedimento é fazer com que a cópia assuma as funções do original enquanto este recebe uma segunda chance para viver uma outra possibilidade. A única regra é que as duas versões jamais devem se cruzar: caso infringida, a cópia deverá ser imediatamente eliminada e o original reassumir o seu posto. A princípio, Cláudia Jouvin, diretora de primeira viagem e roteirista com vasta experiência em produções televisivas e cinematográficas, parece fazer nada mais que um pastiche de comédia e fantasia, como “O Homem do Futuro” (2011) realizou com “De Volta ao Futuro” (1985). O teor fantástico da premissa se mostra sem qualquer complexidade e as coisas parecem rumar para um romance de pegada hipster com a entrada de Josie (Mariana Ximenes, “Uma Loucura de Mulher”), uma jovem tresloucada que trabalha em um cemitério de animais com a sua “tia” Leila (Eliane Giardini, de “Olga”), que é, na realidade, a ex-companheira de sua falecida mãe. Ledo engano. O diferencial de “Um Homem Só” já começa pelo tratamento visual e cenográfico. Premiado no penúltimo Festival de Gramado, o diretor de fotografia argentino Adrian Teijido (série “Narcos”) transforma uma cidade ensolarada como o Rio de Janeiro no ambiente mais lúgubre imaginável, algo que reverbera ainda mais com a direção de arte de Claudio Amaral Peixoto e Joana Mureb (que trabalharam juntos em “Qualquer Gato Vira-Lata”), conferindo no acúmulo de objetos nas residências de cada personagem um sentimento de apego por algo que já partiu, seja uma pessoa ou uma ambição de vida. Há também outra virtude em “Um Homem Só” e ela deve ser creditada totalmente à Cláudia Jouvin. A diretora e roteirista carioca tem um domínio de seu material, comprovado não somente pelas surpresas que prega na segunda metade do filme, mas principalmente ao não abrir nenhuma concessão no ato final. É como se Jouvin sustentasse o discurso de que não há mágica capaz de camuflar a nebulosidade de nossas escolhas. Um ceticismo em forma de um risco que vai fazer muita gente sair de cabeça baixa do cinema, mas que fortalece a nossa singularidade como indivíduos que não podem ser duplicados.
Emanuelle Araújo vai viver Gretchen no filme sobre o palhaço Bozo
A atriz Emanuelle Araújo (novela “Gabriela”) vai viver a cantora Gretchen em “O Rei das Manhãs”, filme sobre a vida de Arlindo Barreto, o palhaço Bozo. Eles tiveram um romance nos anos 1980. A produção traz Vladimir Brichta (“Muitos Homens num Só”) no papel principal. O ator, inclusive, emagreceu seis quilos para o papel. O elenco também inclui o apresentador do “Big Brother Brasil” Pedro Bial como diretor da TV Mundial. A trama vai acompanhar a caminhada de Barreto rumo ao estrelato como Bozo, mesmo sem que ninguém conseguisse reconhecê-lo, além de mostrar seu envolvimento com as drogas e sua transformação em pastor evangélico. As filmagens já começaram, marcando a estreia do editor Daniel Rezende (“Cidade de Deus”, “Tropa de Elite”) na direção de cinema, mas ainda não há previsão para a estreia.
Um Homem Só: Vladimir Brichta ganha clone em trailer e pôsteres de comédia brasileira
Um Homem Só: Vladimir Brichta ganha clone em trailer e pôsteres de comédia brasileira O ator Vladimir Brichta, que recentemente foi “Muitos Homens num Só”, agora é “Um Homem Só”, no trailer e nos pôsteres da comédia homônima. Divulgado pela Downtown Filmes, o vídeo mostra Brichta infeliz no casamento e no trabalho, até que encontra uma versão ruiva e exêntrica da atriz Mariana Ximenes (“Os Penetras”), que sacode seu mundo. Entre idas e vindas, ele acaba chegando à conclusão que a solução para sua felicidade passa pela criação de um clone. Claro que ele vai se arrepender da ideia na hora H e claro que será tarde demais. “Um Homem Só” segue o filão do humor fantasioso desbravado por “Se Eu Fosse Você” e “Mulher Invisível” no Brasil, mas a prévia também lembra, inevitavelmente, as comédias americanas “Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias” e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. Dirigido por Cláudia Jouvin (roteirista de “O Gorila” e da série “A Grande Família”), “Um Homem Só” ganhou três Kikitos no Festival de Gramado de 2015, entre eles o de Melhor Atriz para Ximenes e Ator Coadjuvante para Otávio Muller (“O Gorila”). Também estão no elenco Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”), Eliane Giardini (novela “Avenida Brasil”), Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”), Natália Lage (“Vai que dá Certo”), Cadu Fávero (“Paraísos Artificiais”), Aramis Trindade (“Sorria, Você Está Sendo Filmado”) e o argentino Daniel Aráoz (“Querida, Vou Comprar Cigarros e Já Volto”). O filme também teve sessões na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mas só tem previsão de estreia comercial para setembro de 2016.








